Secretário estadual da saúde diz que não é o momento de pensar no Carnaval

                                                                          Foto: Divulgação                                                                                                                                                                                                                                                                 

 

 

Com o avanço na vacinação e a queda na taxa de ocupação de leitos na capital, o secretário municipal da Saúde Leo Prates cogita a possibilidade do Carnaval 2022 ser realizado em ambientes controlados. Porém, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, disse que é contrário à ideia.

“Com todo o respeito ao meu amigo Leo Prates, eu acho que ele ou não se fez entender direito ou há um equívoco de interpretação. Porque a palavra indoor significa dentro, interno e a última coisa que a gente quer é um Carnaval entre quatro paredes. O contágio vai ser muito maior”, afirmou.

Em nota, a Sesab informa que o Carnaval é uma festa organizada pela Prefeitura de Salvador, no entanto, o secretário estadual da Saúde avalia que ainda não é o momento adequado para criar suposições sobre a realização ou não do evento.

A pasta conclui que se faz necessário avançar ainda mais na vacinação, além do monitoramento das novas cepas e que atualmente é sabido que há um risco maior de infecção em ambientes fechados.

“Se tiver que ter Carnaval, tem que ser na rua mesmo, ao ar livre, ventilado, sem camarote do lado do mar para que o vento da praia venha e espalhe, dilua o número de partículas virais. Um carnaval tem que partir desse princípio básico de ser num lugar extremamente ventilado e com poucas pessoas por metro quadrado. Jamais indoor”, completou o secretário.

Fábio Vilas-Boas disse ainda que não acredita na realização do Réveillon na capital baiana. “Eu acho que o Carnaval ainda é cedo para se tomar uma decisão. Réveillon eu particularmente não acredito que seja possível. Vai depender muito da velocidade da vacinação. A gente tem visto o Ministério avançar e recuar várias vezes, a gente não tem um cronograma, um calendário vacinal confiável. Talvez só 60 dias antes vamos ter condições claras de definir alguma coisa sobre o Réveillon e o Carnaval”, finalizou durante entrevista a imprensa.

O infectologista Roberto Badaró afirma que é possível a realização da festa, desde que o país esteja com mais de 70% da população vacinada e que haja protocolos severos.

“O Carnaval baiano atrai muitos turistas e precisamos que essas pessoas que vêm de fora estejam literalmente vacinadas com as duas doses da vacina, ou seja, o Brasil precisa está com 70% da população imunizada até dezembro; além de seguir as regras como na entrada da festa apresentar comprovação que consta a vacinação completa e resultados de testes negativos para que haja a realização do evento com segurança para todos.”

Na Bahia 5.416.576 já foram vacinados com a primeira dose, dos quais 1.977.031 receberam a segunda aplicação e mais 208.374 vacinados com o imunizante de dose única; a taxa de ocupação na capital é de 52%.

Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados às 20h do último domingo (11), no Brasil já são 30.573.383 de pessoas vacinadas com a primeira aplicação, 28.108.088 da segunda dose e 2.465.295 da dose única; resultando a 14,44% da população.

As informações são do Tribuna da Bahia

 

 

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