Reunião do G-20 em Salvador vai receber mais de 100 representantes internacionais em maio

centroconvencoes

Salvador vai sediar no final de maio uma reunião do G-20, grupo formado por ministros e chefes de bancos centrais de 19 países, considerados as maiores potências econômicas do mundo. Em entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (4), o diplomata e conselheiro do Itamaraty Celso França revelou detalhes do evento e falou sobre a reabertura do escritório do Ministério das Relações Exteriores do Brasil na Bahia.

O encontro do G-20 vai acontecer no próximo dia 29 de maio e deve ser realizado no Centro de Convenções de Salvador, na Boca do Rio. A expectativa é que mais de 100 delegados estrangeiros estejam presentes. Esse será o terceiro evento do G-20 neste ano, quando o Brasil assumiu a presidência do grupo.

“O G-20 é um arranjo que surgiu a partir das crises econômicas globais que afetaram a economia mundial e, sobretudo, países da periferia do capitalismo; primeiro países asiáticos, depois Turquia, México, o Brasil mesmo, se lembrarmos no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando teve uma desvalorização do real muito grande fruto de ataques especulativos. Naquela época, a arquitetura internacional financeira não deu conta de amenizar as crises, aí houve opção para organizar as 20 maiores economias que  para buscar uma articulação de políticas que pudessem evitar essas crises”, explicou

A primeira reunião do G-20 neste ano aconteceu no Rio de Janeiro, com ministros de Relações Exteriores dos países membros. Já a segunda ocorreu em São Paulo, com a presença do ministro Fernando Haddad e ministros da Fazenda ou Economia de outros países, além de presidentes de Bancos Centrais.

Na entrevista, França lembrou da abertura do escritório do Itamaraty em Salvador, em 2009, a pedido do então governador de Jaques Wagner (PT). A ideia, segundo o diplomata, era dar apoio para internacionalização dos diversos atores da sociedade baiana, desde o governo do estado e prefeitura até o setor privado e universidades públicas. A operação do escritório, no entanto, foi fechada durante a pandemia e a morte da embaixadora Marcela Nicodemos, chefe do espaço em Salvador, só retornando às atividades em 2022.

“O Itamaraty dispunha de um escritório em Recife para a região do Nordeste. Como a Bahia tem extensão territorial, importância política, potencial econômico e cultural, o Itamaraty se convenceu que seria justo abrir um escritório em Salvador dedicado especificamente para a Bahia”, rememorou.

Metro 1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *