Bruno Reis intensifica costuras na reta final da janela partidária

bruno reis

Pressionado por vereadores da base do Palácio Thomé de Souza que ainda não sabem em qual sigla vão concorrer a um novo mandato na Câmara de Salvador, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) vai acelerar a partir desta quarta-feira (03) o desenho que definirá quem entra, migra ou fica nas atuais legendas do arco governista no Legislativo municipal.

As costuras, que iniciaram de modo mais intenso nos últimos dois dias, ocorrem às vésperas do fechamento da janela de trocas partidárias e em meio ao clima de extrema ansiedade entre aqueles que ainda não tiveram a vida resolvida a pouco dias para o fim do prazo fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sou seja, sexta-feira que vem (05).

Fazem parte do grupo de vereadores com rumo indefinido nomes como Alexandre Aleluia e Isnard Araújo (PL), Sidninho (Podemos), Marcelo Maia (PMN), Roberta Caires e Leandro Guerrilha, ambos do PP. Aleluia manifestou desejo de deixar o PL, mas não conseguiu encontrar partido interessado em abrigar um político do bolsonarismo puro-sangue e agora depende da boa vontade do prefeito para encaixá-lo em uma legenda adequada aos seus planos de reeleição. A princípio, a preferência é o PP, mas as tratativas esbarram na resistência interna. Salvo em caso de reviravolta, a tendência é que tanto ele quanto Isnard permaneçam no PL, segundo caciques da base da prefeitura ouvidos pela Metropolítica.

As situações de Sidninho, Marcelo Maia, Roberta Caires e Leandro Guerrilha são mais complexas. Em conversas recentes com os pares na Câmara, os dois últimos confirmaram a intenção de deixar o PP, manifestaram clara preocupação com o futuro partidário e admitiram que a sobrevivência deles na sucessão deste ano está nas mãos de Bruno Reis. Roberta tenta ingresso no União Brasil, porém, será preciso convencer algum vereador com mandato da sigla a abrir lugar para ela. Guerrilha conta com o prefeito para entrar no PDT, embora não existam sinais de acordo com a cúpula da legenda. Sidninho buscou espaço no PSDB, mas encarou a recusa do vereador tucano Téo Senna em ceder a vaga para ele. Já Maia navega totalmente à deriva.

Há incógnitas também no próprio partido prefeito, por causa da probabilidade de que dois vereadores do União Brasil migrem de legenda: Claudio Tinoco e Kiki Bispo. No caso, o caminho de um deles pode ser o PDT. Por outro lado, existem acertos praticamente consolidados, como a ida de Toinho Carolino (sem partido), Sabá (PP) e Ricardo Almeida para o Democracia Cristã (DC). Entretanto, como bem disse um líder experiente da bancada da prefeitura, até o fechamento da janela muita água vai rolar abaixo do parapeito.

Metro 1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *