O Brasil criou 244.315 vagas formais de trabalho em março, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O número é superior ao resultado consolidado registrado em março do ano passado, quando foram abertas 194.372 vagas com carteira assinada no país.
Na comparação anual, a geração líquida de vagas foi 25,69% maior em março deste ano do que em igual mês de 2023.
O resultado também foi o maior para meses de março desde 2020, quando começa a série histórica do novo Caged. Analistas alertam que não é adequado comparar os números com resultados obtidos em anos anteriores a 2020 devido a uma mudança de metodologia nos cálculos.
Ao todo, no terceiro mês do ano, foram registradas 2,26 milhões de contratações e 2,02 milhões de demissões.
Dos cinco setores de atividades, quatro tiveram saldo positivo no mês passado. O grupo de serviços ajudou a impulsionar o resultado, com a criação de 148.722 vagas formais. Na sequência, aparecem comércio (37.493 postos), indústria (35.886) e construção (28.666). No agronegócio, houve saldo negativo de 6.457 empregos com carteira assinada.
Em março, o salário médio de admissão foi de R$ 2.081,50, com relativa estabilidade em relação a fevereiro (R$ 2.086,75) –redução de apenas R$ 5,25. Na comparação com março do ano anterior, houve ganho real (descontado a inflação) de R$ 54,17 (alta de 2,7%).
Os dados do Caged mostram também que foram registrados saldos positivos em 25 das 27 unidades da federação. O principal resultado foi verificado em São Paulo, com a geração de 76.941 vagas formais (alta de 0,6%), com destaque para o setor de serviços (46.451 postos). Na outra ponta está novamente Alagoas, com retração de 9.589 empregos formais (queda de 2,2%).
No acumulado do 1º trimestre do ano, foram gerados 719.033 postos com carteira assinada –sendo 6,62 milhões de admissões e 5,9 milhões de desligamentos.
Nathalia Garcia/Folhapress