Foto: Romildo de Jesus
O prefeito ACM Neto voltou a se posicionar ontem a respeito de críticas que vem recebendo por defender critérios técnicos para justificar a manutenção o isolamento social, e consequente fechamento temporário dos shoppings e grandes lojas. Ele relembrou que os protocolos de reabertura já foram apresentados pela prefeitura e estão ligados à taxa de ocupação de leitos, que é de 75% para a volta dos estabelecimentos.
“Eu me coloco no lugar dessas pessoas. Importante dizer que não fomos nós (os políticos) quem criamos o coronavírus. Precisamos evitar as milhares de mortes que poderiam acontecer na nossa cidade”, disse. Neto viralizou nas redes sociais após circular um vídeo em que um empresário faz um apelo pela reabertura do comércio. “Pelo amor de deus, o que a gente ganha com isso?”, questionou.
O democrata vem sofrendo ataques de eleitores de Jair Bolsonaro, que o chamam de “esquerdista” e “comunista”. Segundo ele, “tanto Município quanto o Estado perdem com a queda na arrecadação de impostos gerados pelo consumo e prestação de serviços.” “Fica parecendo que é governador e prefeito que não querem liberar atividade econômica. (…) A gente só perde, em perder arrecadação, tem mais dificuldade de tocar os projetos, executar ações previstas, a economia se debilita”, declarou. “A decisão de suspender as atividades foi para preservar vidas”, completou o prefeito.
A pressão pela reabertura cresceu ainda mais após o Rio de Janeiro e São Paulo anunciarem a retomada da atividade econômica. “Algumas cidades reabriram e fecharam. Outras abriram e não venderam R$ 50 por dia”, criticou Neto. Na segunda-feira, Neto foi abordado por um lojista que clamou ao mandatário pela reabertura de lojas do Salvador Shopping. O comerciante disse que é proprietário de um estabelecimento no centro comercial e já não sabe mais o que fazer para manter seu negócio. “A gente está se mobilizando porque queremos defender nossa causa, que até o prefeito disse que é justa”, apelou.
“Prefeito, eu sei que o senhor tem um coração bom. O senhor é de família que ajuda e Deus que está me dando as palavras aqui para falar. Te peço pelos meus 3 filhos. (…) Libere nossas lojas. Lá nos shoppings o senhor vai ter mais controle que na Feira de São Joaquim ou que em qualquer mercado desses que está aberto de bairro. Pelos meus filhos, não sei mais o que eu faço para manter minhas contas e pagar meus empregados”, disse. As informações são do jornal Tribuna da Bahia.