Delação de Queiroz vai complicar a vida do clã Bolsonaro, acreditam parlamentares da Bahia

                                                                                         Foto: Reprodução/Veja                                                          

 

 

A prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz na casa de um ex-advogado do presidente Jair Bolsonaro surpreendeu deputados federais e senadores baianos. Na opinião dos parlamentares, uma eventual delação do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) poderá complicar a vida da família do presidente.

O senador Angelo Coronel (PSD), presidente da CPI Mista das Fake News no Congresso Nacional, afirma que prisão de Queiroz liga um sinal vermelho na República. “Queiroz é considerado um arquivo vivo e poderá contribuir na elucidação de supostos delitos. A depender do seu depoimento, ele poderá causar um estrago grande”, ressalta Coronel.

Para a deputada federal e presidente do Partido Socialista Brasileiro na Bahia (PSB), Lídice da Mata, Queiroz “terá muitas explicações a dar sobre o seu enriquecimento patrimonial”. Lídice, que é relatora da CPI da Fake News, questiona a forma como Bolsonaro tem se envolvido em um processo que trata de um possível ilícito de um de seus filhos. “O presidente da República é pai do Flávio e fica claro a forma como seu governo tem demonstrado se preocupar mais com os problemas da família do que com os problema dos Brasil”.

Em tom de ironia, o deputado federal e presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Félix Mendonça Júnior, diz que Queiroz, ao ser preso na casa de um advogado, “não precisará contratar um”. “Esse governo é como se fosse um novelo, vai puxando um fio e aparecendo mais coisas. Sinceramente, que não traga muita coisa, para acalmar o país. Mas, se trouxer, teremos que colocar em pratos limpos”, pontuou Mendonça Júnior .

A tentativa de ligar o caso Queiroz ao presidente é uma forma de tentar encontrar um caminho para condenar Bolsonaro, acredita o deputado federal Alex Santana (PDT). Para ele, essa é uma tática adotada por setores políticos e da sociedade civil que estão incomodados com a forma como o presidente dirige o país.

“Vincular esse fato especificamente de agora ao presidente é mais uma tentativa de criar um discurso, uma narrativa, um retórica para ver se encontra um caminho para buscar o impeachment. Alguns setores da sociedade e político que querem a todo custo derrubá-lo, não esperando o momento adequado que é das eleições; E isso é muito ruim”, diz Santana. As informações são do A Tarde.

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