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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador Rui Costa (PT) são igualmente bem avaliados em Luís Eduardo Magalhães, conforme pesquisa.
O chefe do Palácio do Planalto tem seu governo avaliado como ótimo ou bom por 54% dos moradores de Luís Eduardo Magalhães, enquanto Rui tem seu trabalho classificado da mesma forma por 45%. A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais.
Bolsonaro, entretanto, supera o governador no índice de ótimo, por 28% a 16%. Ainda em relação ao governo federal, 26% o definem como regular, 5% como ruim e 11% como péssimo. Outros 4% não opinaram.
O governo Rui Costa, por sua vez, é regular para 29%, ruim para 6% e péssimo para 12%, enquanto 8% dos entrevistados não responderam à pergunta.
Dos cinco levantamentos realizados até então pela Potencial Pesquisa em parceria com o Grupo A TARDE, este foi o município baiano onde o presidente obteve a melhor avaliação. Nas semanas anteriores, foram realizadas pesquisas em Feira de Santana, Camaçari, Salvador e Vitória da Conquista.
Outras regiões
Diretor da Potencial Pesquisa, o estatístico Zeca Martins sinaliza que a boa avaliação local de Bolsonaro pode estar relacionada à origem da população do município, formada por gente vinda de muitas outras regiões do país, como o Sul e o Centro-Oeste.
O prefeito Oziel Oliveira (PSD), que tenta a reeleição, tem 41% de avaliação ótima/boa e 29% de regular. Afirmaram que a administração municipal é ruim 9% das pessoas ouvidas e 17% a definiram como péssima. Não se manifestaram a respeito 4% dos entrevistados.
Coronavírus
Chama a atenção o fato de que, conforme a pesquisa, os três gestores tiveram bem avaliadas as medidas adotadas no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Embora tenham adotado discursos e práticas bastante diferentes em relação à Covid-19, Bolsonaro e Rui têm novamente números muito parecidos: 66% aprovaram as ações do presidente e 60% concordaram com a atuação do governador. Reprovaram as ações de Bolsonaro 26%, enquanto 25% desaprovaram as medidas do governo estadual.
Martins também destaca que a gestão no combate à Covid-19 também favoreceu o prefeito, já que 60% dos entrevistados disseram apoiar as medidas da administração municipal durante a pandemia. Outros 31% desaprovaram as ações de Oziel e 9% não responderam.
Conhecida como a capital baiana do agronegócio, Luís Eduardo Magalhães se tornou um município apenas em 2000. Surgiu nos anos 80, como povoado de Mimoso do Oeste, que passou a distrito de Barreiras em 1997.
Décima nona cidade da Bahia em população, Luís Eduardo Magalhães possui o 8º maior Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, seu PIB em 2016 foi de quase R$ 4 milhões, e o PIB per capita de aproximadamente R$ 49 mil.
Oziel tenta chegar ao quarto mandato como prefeito de Luís Eduardo Magalhães. Eleito pela primeira vez em 2000, conseguiu se reeleger em 2004.
Em 2012, tentou novamente chegar ao cargo, mas foi derrotado por Humberto Santa Cruz, que na época disputava a reeleição. Em 2016, Oziel conseguiu o seu terceiro mandato.
Adversários
Principal oponente de Oziel no pleito, Júnior Marabá (DEM), é filho do ex-vereador Ondumar Marabá, falecido em um acidente de carro em setembro de 2014, quando disputaria uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia pelo PSC.
Em janeiro deste ano, Júnior anunciou seu desligamento da diretoria executiva do Grupo Marabá para disputar novamente a prefeitura de Luís Eduardo Magalhães.
Com poucas intenções de voto na disputa pelo comando do Executivo municipal, o Comandante Rangel disputou o Senado em 2018 pelo PSL, ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, em coligação com o PRTB, que lançou o ex-prefeito de Salvador João Henrique candidato ao governo do estado.
Este ano, concorrerá à prefeitura de Luís Eduardo Magalhães pelo PL. A sigla, entretanto, não lançou sequer uma candidatura â Câmara de Vereadores da cidade. As informações são do jornal A Tarde.