Aliados de Bolsonaro organizaram um evento na semana passada para negar a existência do racismo no Brasil. Mas o encontro não deu certo.
Pela pauta divulgada na internet, o evento atacaria premissas do movimento antirracista e abordaria a Lei de Cotas, que neste ano atravessa o debate pela revisão da política de ação afirmativa no país.
O deputado Hélio Lopes (PL-RJ), conhecido como Hélio Negão, divulgou o evento, chamado de “Minha Cor é o Brasil”. Estava marcado para este sábado (16), mas foi adiado. Atribuíram a “força maior”. Ainda não tem outra data confirmada.
O evento deveria reunir outros nomes de pessoas negras ligadas ao governo, como o pastor evangélico Magno Malta, Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, e Suéllen Rosim, prefeita de Bauru (SP).
Único convidado branco, o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP), chamado de “príncipe”, foi listado para dar uma palestra com o tema “A importância da família real na abolição da escravatura”.
A pauta do evento também defendia que a meritocracia e o sucesso não têm cor.
Joana Cunha/Folhapress