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Salvador pode ter nova paralisação de ônibus nos próximos dias

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O sistema de transporte coletivo de Salvador pode ter uma nova interrupção nas atividades ainda nesta semana. A informação foi confirmada no último sábado (16) pelo Sindicato dos Rodoviários, que representa os trabalhadores da categoria.

A principal alegação da entidade é a falta de um desfecho em relação às indenizações da antiga concessionária Salvador Norte, que rodava os itinerários da Orla no Consórcio Integra. Mais de 3 mil ex-funcionários ainda não sabem quando irão receber os valores devidos, e parte deste grupo não foi absorvido pelos outros consórcios que sobraram (OT Trans e Plataforma). Não foi definida ainda uma data para suspender a circulação dos ônibus, mas o sindicato indicou que a Prefeitura de Salvador tem até esta segunda (18) para abrir diálogo.

Outra pauta levantada pela categoria rodoviária é a campanha salarial, que também não foi resolvida. No começo de julho, o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5) anunciou a venda de dois terrenos pertencentes ao grupo CSN nas Granjas Rurais Presidente Vargas, em Salvador, para ajudar a resolver uma novela que está se arrastando desde junho de 2020, de acordo com o presidente em exercício do Sindicato Fábio Primo.

Todavia, nada feito até então. Para Fabio, já se passou muito tempo sem uma ação concreta por parte do Executivo municipal e dos proprietários da concessionária, que precisou de uma intervenção para seguir operando até ser declarada sua extinção. “A falta de diálogo com a gestão de Salvador e os empresários é inaceitável”, afirmou o líder do sindicato.

A princípio, a paralisação pode acontecer nas primeiras horas de terça-feira (19), mas a informação ainda não foi confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários. A última paralisação foi realizada em maio, durou 24h e também serviu como um apelo aos envolvidos para que a situação dos ex-CSN seja resolvida com mais celeridade. “Havia um acordo para alugar três garagens da antiga BTU, antiga Rio Vermelho e antiga Ondina, além de vender a garagem Pirajá 2, da antiga Verdemar.  Com esse dinheiro, seriam pagas as rescisões dos trabalhadores que estão empregados nas empresas Plataforma e OTtrans. A situação dos profissionais que não foram aproveitados pelo Consórcio seria resolvida com a venda da garagem Pirajá 1, que é a antiga Central. A ideia não avançou até o momento”, disse Primo.

Até o momento, a Secretaria de Mobilidade (Semob), responsável pelo sistema de ônibus de Salvador, não se posicionou a respeito de uma contraproposta. Entretanto, caso a paralisação se confirme, deve ser adotado o mesmo esquema que vigorou na paralisação de 22 de maio, quando cerca de cem micro-ônibus foram anunciados para rodar nos principais corredores da cidade durante as horas de circulação suspensa do transporte convencional.

Tribuna da Bahia

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