Tinoco critica Rui por decisão “intempestiva” sobre Carnaval

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Presidente da Comissão Especial de Retomada dos Eventos de Salvador, o vereador Claudio Tinoco (DEM) disse que a decisão do governador da Bahia, Rui Costa (PT), sobre a não realização do Carnaval foi intempestiva e que prevaleceu a indecisão, e não a decisão da não-realização. “Com os cancelamentos, não houve nenhuma perspectiva de plano b, a não ser o salve-se quem puder”, disse Tinoco nesta quarta-feira, 29, em entrevista ao Isso É Bahia, na Rádio A TARDE FM (103.9).

“Produtores privados, tanto aqueles que têm camarotes quanto aqueles que têm bandas, além dos próprios blocos, resolveram de uma forma muito prática salvar do ponto de vista econômico os seus conteúdos. Muitos destes camarotes deixaram de estar na perspectiva de montagem nas áreas de circuitos e foram alguns deles para áreas privadas como Arena Fonte Nova e o Centro de Convenções. E aqueles ligados às bandas procuraram colocar suas atrações no mercado. A Banda Eva, por exemplo, tocará em outras cidades”, apontou.

O planejamento da Prefeitura de Salvador, segundo Tinoco, consistia em realização de festa no comércio para até 50 mil pessoas, com áreas com reserva de comprovação de vacinação. “Nós apresentamos o relatório com onze recomendações. Infelizmente o Governo do Estado não abriu o debate, não estabeleceu datas”, disse o vereador do Democratas, que diz temer as consequências da não realização da festa oficial para a população.

“Nossa preocupação é que a população mais pobre não tem alternativa. Não quero propagar qualquer caos, mas o que a gente imagina é que durante um período, estas festas privadas possam até atrair um público em seu entorno. Em bairros mais populares onde existe Carnaval, a população vai literalmente colocar o bloco na rua, sem fiscalização, acompanhamento e planejamento”.

Para a virada de ano novo, não haverá festas oficiais, mas a queima de fogos, que será realizada pela Prefeitura, está confirmada. A decisão pela não realização do Festival Virada Salvador, para Tinoco, foi mais previsível do que a não realização da folia momesca. “É claro que a variante ômicron trouxe a expectativa de frustrar a festa [Réveillon]. Além da pandemia, também estamos afetados pelas questões da chuva. A gente sabe que é um momento de solidariedade, de estar associado ao que está acontecendo no estado, e Salvador não pode estar distante do que está acontecendo”.

O verão de Salvador, no entanto, pode dar bons frutos, observou o vereador. “Ainda ontem eu estava monitorando o espaço de cultura da cidade. Pessoas que estão circulando em Salvador, e espero que isso ajude a melhorar a economia da nossa cidade, com um certo controle, para que a gente não tenha nenhum prejuízo também [do ponto de vista sanitário], mas que a economia da cidade possa ser aquecida nesse período que é a alta estação, que é realmente o momento de movimentação econômica e de importante geração de emprego em Salvador”.

As informações são do A Tarde

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