O governador Rui Costa voltou a criticar o governo federal por causa do preço dos combustíveis. Durante transmissão ao vivo pela internet, na noite desta terça-feira, 5, ele explicou que publicou o decreto que diminuiu a alíquota do ICMS, atendendo lei complementar sancionada por Bolsonaro no final de junho, mas que a medida não impedirá a alta nos postos.
“Eles votaram a lei, eu já fiz o decreto. Vamos agora acompanhar nos próximos 30 dias, 60 dias, ver como vai ficar o preço da gasolina. Eu não tenho dúvida. Esse discurso é o mesmo de quem queria prevenir ou curar Covid com cloroquina”, disse.
Rui Costa também destacou a variação do valor dos combustíveis nos últimos governos federais e atacou a política econômica de Bolsonaro para o setor. “Quando Lula era presidente e quando a Dilma era presidente, o botijão custava R$ 34, hoje custa R$ 150 e o ICMS continua os mesmos 12% [na Bahia]. Então, não mudou nada. O que mudou foi a incompetência do governo federal. O que mudou foi a privatização da refinaria da Bahia. Quem privatizou a refinaria na Bahia? O governo federal e seus aliados”, disparou.
Também na noite desta terça-feira, o pré-candidato do PL a governador da Bahia, João Roma, publicou em rede social que o governador Rui Costa reduziu a alíquota do ICMS, mas aumentou outros impostos. “Rui Costa mostra a verdadeira cara do PT. Lutou até o fim pra não reduzir o preço dos combustíveis, que Bolsonaro implementou. Quando Rui finalmente cede, aumenta impostos para energia elétrica de indústrias, hotéis e hospitais. Dá com uma mão e tira com a outra”, diz a publicação.
O decreto publicado pelo governo da Bahia, reduzindo o percentual do ICMS do combustível, atende ao estabelecido na Lei Complementar nº 194/2022, aprovada no fim de junho pelo Congresso Nacional. O presidente Bolsonaro vetou a compensação financeira para estados, que podem sofrer perda de arrecadação.
A Tarde