Retomada plena do turismo na Bahia só deve ocorrer em 2023, acredita secretário Fausto Franco

                                                                                 Foto: Divulgação

 

O setor do turismo foi um dos que mais sentiram os efeitos negativos provocados pela pandemia da Covid-19 (novo coronavírus). Especialistas acreditam que uma recuperação só a partir do ano que vem. De acordo com o secretário de Turismo do Estado da Bahia, Fausto Franco, a situação ainda é delicada.

“Apesar da reabertura progressiva da economia, a gente continua com o vírus entre nós. A Bahia tem uma tradição muito grande de festas, como Réveillon, Carnaval, e na modelagem que a gente conhecia este ano não será possível e evidentemente que vamos ter perdas econômicas por conta disso”, afirmou em entrevista ao programa Isso é Bahia, na rádio A TARDE FM, na manhã desta segunda-feira, 5.

Para o secretário, as possibilidades de turismo na Bahia são diversas, por causa de sua dimensão. “Por ser um estado muito grande tem várias perspectivas de fazer turismo, que não necessariamente são de aglomeração. Temos o maior litoral do Brasil, três zonas turísticas, turismo de contemplação, sol e praia, turismo de aventura, turismo gastronômico e religioso. São muitos vieses que fazem com que a gente possa fazer turismo com toda a segurança necessária”, sugeriu.

Malha aérea

Neste processo de retomada da economia, o Aeroporto Internacional de Salvador contará com um aumento de 55% na oferta de assentos em relação ao mês de setembro. De acordo com a Vinci Airports, concessionária que administra o terminal da capital baiana, a tendência é a de que este índice seja maior, uma vez que a companhia aérea Latam ainda não divulgou a programação da última semana de outubro.

“Nós estamos nos reunindo com as companhias aéreas a cada 15 dias, porque o cenário hoje é tão diferente do que era. Estamos conversando para ter voos de oportunidades e datas específicas, já que as pessoas querem e necessitam viajar. O estado da Bahia vive a quantidade de leitos e casas de aluguel que não existe mais para o Réveillon e verão como um todo. Vamos chegar em dezembro com 50% da capacidade pré-pandemia”, disse.

Para o planejamento do verão 2021, o secretário Fausto Franco disse que está com campanhas publicitárias prontas, mas pregou cautela. “A gente vai ter um verão efervescente. A própria campanha e estrutura que o governo já tem feito ao longo do tempo, isso tudo cria um desejo de as pessoas conhecerem o estado ou revisitarem. A possibilidade de uma segunda onda (da Covid-19) existe. É incoerente o governo lançar uma grande campanha publicitária de “venha para a Bahia”, “visite a Bahia” e você seja obrigado a andar pra trás, em função de um falta de controle do vírus”, ponderou.

Recuperação

Para o secretário, especialistas e pesquisas apontam para uma retomada do setor do turismo, da forma que se tinha, somente em 2023. “Nós estamos trabalhando e conhecendo as coisas diariamente. Vai depender muito de quando a gente via ter a vacina. Então, a gente ainda precisa ter cautela para que a gente não crie uma falsa expectativa achando que daqui a poucos dias ou meses vamos ter a vacina disponível para toda a sociedade”, afirmou.

Ele disse compreender a ansiedade de as pessoas quererem viajar, mas que “é preciso olhar o horizonte a curto prazo e não a longo e médio prazo”. Segundo dados da Secretaria de Turismo da Bahia, 40% dos turistas são baianos.

“Então, é altamente sinérgico incentivar que os baianos visitem as outras zonas ou os estados circunvizinhos. Faz sentido, sim, você gastar energia no Espírito Santo, em Minas Gerias e no próprio Rio-São Paulo, para os cânions do São Francisco, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Vai fazendo um raio dentro do estado para pegar este turismo de oportunidade”, sugeriu. As informações são do jornal A Tarde.

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