João Campos não bate martelo sobre federação do PSB com o PT e eleva tensão entre os partidos

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Uma das peças-chave para a formação de uma federação do PT com o PSB, o prefeito do Recife, João Campos (PSB-PE), ainda não tem posição formada sobre o assunto. Sem o apoio dele, a ideia terá maior dificuldade de prosperar. A demora tem gerado tensão em lideranças dos partidos que pretendem selar a aliança.

Na semana passada, Campos se reuniu com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que defende a federação, e com o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

Ele foi informado de que dois pontos que o atingem diretamente já tinham sido aceitos pelo PT e também pelo PV e o PC do B, que discutem o acordo: a candidatura nata (ou seja, quem já exerce um cargo, como Campos, tem o direito de disputar a reeleição) e a composição das chapas de deputados que vão disputar a eleição.

Ela levará em conta o número de parlamentares eleitos em 2018. Com isso, o PSB de Pernambuco indicará quase que a totalidade de candidatos para disputarem uma vaga na Câmara: em 2018, o partido elegeu cinco deputados, contra dois do PT.

“As discussões sobre a federação estão caminhando bem, estão avançando”, disse Campos à coluna. “Mas ainda estou aguardando a finalização da discussão entre as direções dos partidos. É preciso um processo de diálogo para se construir um estatuto que atenda ao interesse de todas as legendas”, segue. O resultado deve também, segundo ele, “reconhecer o tamanho e a importância do PSB”.

Um outro foco de problema para que a aliança seja sacramentada é São Paulo. Tanto o PT, com Fernando Haddad, quanto o PSB, com Márcio França, dizem não abrir mão de lançar uma candidatura própria ao governo no estado. A federação, no entanto, só poderá ter um nome na disputa.

Apesar das dificuldades, Campos defende que o PSB já declare apoio a Lula _que poderia ser oficializado também por meio de uma coligação, caso a federação não vingue.

Com informações de Mônica Bergamo/Folhapress

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