Janja se casa com Lula nesta quarta; “consegui a proeza de, preso, arrumar namorada”, diz petista

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No dia 8 de novembro de 2019, após ter ficado 580 dias preso na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, em seu primeiro discurso em liberdade, que iria se casar.

“Eu consegui a proeza de, preso, arrumar uma namorada e ainda ela aceitar casar comigo. É muita coragem dela”, disse o ex-presidente.

Mais de dois anos depois, o petista irá oficializar a união com a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, em cerimônia em São Paulo nesta quarta (18).

Nascida em União da Vitória, no Paraná, Janja, 55, é filiada ao PT desde 1983 e formada em sociologia pela Universidade Federal do Paraná.

Na gestão do petista, foi indicada em 2003 para um cargo na Itaipu Binacional, onde trabalhou por quase 15 anos. Entre 2012 e 2017, atuou na Eletrobras, no Rio, após ter sido requisitada. E se aposentou em 2020.

Figura constante ao lado de Lula, 76, em agendas que ele tem feito no país e no exterior, Janja deverá assumir um papel de protagonismo ao longo da pré-campanha, segundo membros do PT —ainda que nenhum cargo tenha sido destacado oficialmente. A expectativa é que ela siga acompanhando o petista em suas viagens neste ano.

Pessoas próximas ao ex-presidente afirmam que, antes de ser companheira de Lula, ela é militante, tem suas opiniões e contribui com ideias nas reuniões das quais participa. Janja tem batido carteirinha nos encontros da coordenação da pré-campanha.

Ela também participa de reuniões na Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, e chegou a dar palpites sobre a escolha do marqueteiro da pré-campanha —ela esteve presente quando foram apresentadas as peças publicitárias.

Presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) ressalta o perfil militante de Janja e afirma que a socióloga tem levado “de forma muito incisiva” ao ex-presidente e à coordenação temas como a defesa dos direitos dos animais e do meio ambiente, segurança alimentar e pautas feministas.

Victoria Azevedo/Folhapress

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