Flávio Bolsonaro critica operação contra Jair Renan: “Não tem onde cair morto”

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrada nesta quinta-feira, 24, que teve como um dos alvos o irmão Jair Renan, o filho “04″ do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o parlamentar, a ação causa “estranheza”. Segundo ele, Renan “é uma pessoa que não tem onde cair morta”.

“Me causa estranheza porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz sentido. Eu espero que esse critério seja usado para todos. Ao que parece é mais uma vez uma perseguição desenfreada em cima de Bolsonaro e todo seu entorno”, disse Flávio a jornalistas antes da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.

Na manhã desta quinta-feira, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços de Jair Renan: um apartamento em Balneário Camboriú, Santa Catarina, e outro no Sudoeste, em Brasília.

Jair Renan tem ainda outro endereço na capital. A casa no Lago Sul, área nobre de Brasília, é avaliada R$ 3,2 milhões. O imóvel foi declarado na campanha eleitoral da mãe de Renan, Ana Cristina Siqueira Valle, em 2022, por R$ 829 mil. Na escritura está registrado que Geraldo Antônio Machado, então proprietário, havia comprado a casa por R$ 2,9 milhões em 2021.

No total, foram cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão e, segundo a PCDF, tinha como objetivo “reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal”.

Batizada de Nexum, a operação apura um grupo suspeito de agir por meio da inserção de funcionários “laranjas” para ocultar os verdadeiros proprietários de empresas fantasmas. O principal alvo é Maciel Carvalho, instrutor de tiro de Jair Renan, suspeito de ser o mentor do esquema. De acordo com a PCDF, Carvalho e seus aliados criaram identidade falsa que foi usada para abertura de conta bancária e como proprietário de pessoas jurídicas usadas como laranjas.

Em nota, o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, afirmou que a ação apreendeu um celular, um HD e papéis com anotações particulares e que não houve recondução do “04″ para depoimento. A defesa ainda disse que não teve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão. Segundo Gonzaga, Renan afirmou estar “surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido”.

Natália Santos/Estadão

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