Cultuarte alerta que é preciso fortalecer artesanato baiano e combater “invasão” de itens estrangeiros

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Foto: F5 Bahia

 

Durante o “Encontro do Poder Público e o Artesanato na Bahia: Desafios e Soluções”, realizado nesta segunda-feira (23), no Centro de Cultura da Câmara Municipal, a presidente da Associação de Cultura e Arte – Cultuarte Bahia, Verônica Lemos, chamou a atenção para uma realidade que vem prejudicando o trabalho dos artesãos baianos: a intensa exposição e comercialização de itens estrangeiros em espaços reservados para o artesanato baiano, como o Mercado Modelo.

O Encontro que teve o objetivo de solucionar problemas que afetam o artesanato da Bahia e valorizar o segmento, contou com a participação do Prefeito ACM Neto, do vice Prefeito, Bruno Reis, do Presidente da Câmara Municipal, Leo Prates (DEM), do vereador Felipe Lucas (MDB), além do Superintendente do Sebrae, Jorge Cury, e dos profissionais artesãos baianos. Tendo a consciência de que o artesão também carrega o papel de preservar traços da cultura local, Verônica afirmou que esse é o terceiro evento que a entidade promove exatamente por conta do inconveniente gerado em virtude da presença na Bahia de artesanatos de outros estados, inclusive os chineses, em detrimento dos produtos locais. “Nós temos alguns showroons e os turistas quando chegam ficam horrorizados com o que veem no Mercado Modelo onde os produtos são ‘made in China’ mesmo. E os profissionais não têm nem a dignidade de tirar o selo que indica que é da China”, denunciou a presidente da Cultuarte, em entrevista ao F5 Bahia.

Verônica ressaltou que o Estado baiano detém um artesanato riquíssimo, contudo, ela apontou que o público compra o produto chinês como se fosse um item artesanal da Bahia. “Por isso, o verdadeiro artesanto baiano não é vendido por conta dessa exploração do produto de fora. Então, eventos como esse de hoje visam combater essa realidade e lutar para que a arte baiana tenha o seu espaço e que os turistas conheçam o verdadeiro trabalho artesanal baiano, que é lindo”, disse. “Portanto, precisamos que o povo da Bahia conheça o artesanato que ele não consegue ver”, completou.

Sobre o Encontro, a presidente da entidade avaliou o evento como exitoso e revelou que a Prefeitura de Salvador já tomou algumas medidas em favor do segmento e que alguns planos já estão bem adiantados. “A Prefeitura informou que existem três lugares que estão sendo avaliados e estão decidindo qual o melhor local para ser o espaço físico dos artesãos. Também há a feira do Jardim dos Namorados que está quase concluída, inclusive já temos o calendário pronto”, pontuou

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