O empate em 1 a 1 com o CRB, nesta terça-feira, 19, na Arena Fonte Nova, foi um verdadeiro resumo do que o ‘bipolar’ Bahia fez em todo o primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro. No duelo que fechou a primeira metade da competição, o Tricolor, que mesmo em casa segue jogando com uma linha de cinco defensores e três zagueiros, fez o confronto parecer um ‘baba’ de adulto com crianças. Pressionou, sufocou e forçou o time alagoano a cometer inúmeros erros, além de praticamente não ter sido ameaçado nos 45 minutos iniciais.
Faltou apenas converter as chances de gol em bola na rede. Raí perdeu duas chances absurdas, daquelas inacreditáveis. Davó foi pelo mesmo caminho. Nos quesitos correria e incomodar a defesa do adversário, a dupla de ataque tirou nota 10. Mas quando o assunto foi pontaria… A única palavra cabível para o que foi visto em campo é incompetência.
O Bahia, como dizem na gíria do futebol, empurrou o CRB contra a parede e com muito mérito. Patrick de Lucca e Lucas Mugni fizeram uma partida praticamente impecável, com pegada forte na marcação e boa distribuição de jogo. E com os jogadores de frente sem conseguir estufar as redes, mesmo quando o goleiro estava batido, restou ao Tricolor cavar um pênalti com Davó.
O meia argentino foi para a cobrança e bateu com extrema categoria. No ângulo, sem chances para o arqueiro Diogo. Ainda teve tempo para o zagueiro tirar em cima da linha, bola na trave e muito grito de “huuu” da nação tricolor. Tudo isso foi no primeiro tempo.
Na volta do intervalo, com a vantagem mínima no placar, o Esquadrão voltou do vestiário como se tivesse convertido todas as chances de gol da primeira etapa, como se estivesse aplicando uma verdadeira goleada na Fonte e contasse apenas o tempo para o apito final.
E pagou caro pela soberba. O CRB cresceu no embate, conseguiu anular as investidas do Tricolor, principalmente pelos lados de campo com Matheus Bahia e André, que faziam boa partida até então. Para piorar, perdeu Patrick, lesionado, e Mugni, exausto.
A Tarde