O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, e cobrou medidas contra a a deputada petista Érika Kokay (DF), que declarou a existência de fraude nas eleições de 2018. O chefe do Executivo é investigado em inquérito conduzido pelo ministro por declarações falsas em relação as eleições e as urnas.
“O que são fake news para Alexandre de Moraes? Ele vai querer, numa canetada, pegar 20 candidatos para cassar. De direita, porque, de esquerda, ele não faz nada. A Érika Kokay dizendo que houve fraude em 2018. Ela devia ser a primeira pessoa, então, a ajudar a aprovar o voto impresso ou medidas para tornar mais transparente as eleições. Quero saber quais medidas vai tomar contra Érika Kokay”, afirmou o presidente durante transmissão nas redes sociais nesta quinta-feira, 2.
No dia 29 de maio, Érika Kokay afirmou nas redes sociais que Bolsonaro só foi eleito por fraude na última eleição. “Bolsonaro não seria presidente se as eleições de 2018 não tivessem sido fraudadas”.
A declaração de Bolsonaro acontece após nesta semana, Alexandre de Moraes afirmar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode cassar o registro de candidatura de quem propagar fake news sobre o sistema de votação brasileiro. Moraes irá assumir a presidência da Corte eleitoral em agosto deste ano, antes das eleições.
Após ironizar Moraes, Bolsonaro decidiu defender a parlamentar de possíveis sanções. “Eu, particularmente, acho que não tem que tomar medida nenhuma. Ela é parlamentar e pode, artigo 53, falar o que vem na cabeça dela. E se eu, presidente, me achar ofendido ou você, entra na Justiça”, falou.
A Tarde