Ajudante de ordens de Bolsonaro ficará preso em unidade militar

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O coronel de Exército Mauro Cid ficará detido numa unidade prisional militar após ter sido preso ontem, pela Polícia Federal (PF). Ele foi alvo de operação policial que investiga suspeita de fraude no sistema de informações do Ministério da Saúde para alterar os dados de vacinação contra a covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Braço direito de Bolsonaro no período da Presidência, o coronel foi seu ajudante de ordens e acumulou funções de confiança que o colocaram no centro do escândalo revelado pelo Estadão da entrada de joias ilegais no País.

Antes de ser encaminhado para a área militar, Cid prestará depoimento na sede da PF em Brasília. O coronel também será submetido a exame de corpo de delito para ser encaminhado à prisão.

A PF ainda não decidiu para qual unidade prisional das Forças Armadas o coronel será enviado. O local só será definido após o processamento da prisão na sede da PF.

Cid foi preso no âmbito da operação Venire, que deflagrou ontem uma série de buscas e apreensões em 16 endereços em Brasília e Rio de Janeiro. Um dos locais vasculhados pela PF foi a casa de Bolsonaro, no bairro jardim botânico, em Brasília.

Os agentes apreenderam o celular de Bolsonaro durante a diligência. Os investigadores suspeitam da falsificação de dados dos cartões de vacinação do ex-presidente, de sua filha Laura, do coronel Mauro Cid, de sua mulher e de sua filha. Também estão sob suspeita de os registros do documento do deputado Guttemberg Reis de Oliveira.

Ao deixar sua casa na manhã de ontem, Bolsonaro presidente alegou que nem ele nem sua filha Laura foram vacinados contra a covid-19. Ele se disse ‘surpreso’ com a operação e alegou que ‘não existe adulteração de sua parte’ e ‘que nunca lhe foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum’.

Durante o cumprimento das ordens de busca e apreensão na Operação Venire, a Polícia Federal apreendeu US$ 35 mil – o equivalente a R$ 175 mil – e R$ 16 mil em espécie na casa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente coronel Mauro Cid. O aliado do ex-chefe do Executivo é um dos alvos principais da ofensiva aberta na manhã de ontem para apurar suposta adulteração da carteira de vacinação contra a covid-19 do ex-chefe do Executivo e de sua filha Laura. Considerado peça-chave na investigação, Mauro Cid foi preso preventivamente e ficará detido numa unidade prisional militar.

Segundo a PF, os documentos alterados teriam servido para burla de restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos em meio à pandemia. Os investigadores apuram dados não só dos cartões de vacinação do ex-presidente, de sua filha Laura, mas também as informações dos documentos do coronel Mauro Cid, de sua mulher e de sua filha e ainda do deputado Guttemberg Reis de Oliveira. As supostas inserções de dados falsos sob teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

Fonte: Agência estado

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