O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), relembrou a invasão à Universidade Federal da Bahia (Ufba), que aconteceu em maio de 2001, e comentou ainda se sentir arrependido por não estar na universidade no momento que os estudantes tomaram o espaço.
À época, ACM Neto era aluno da Faculdade de Direito, local que protagonizou os protestos. Quando os atos começaram, ela já havia saído do campus.
“Sofri muito, me doeu. Queria ter estado lá na hora, não ficaria esse boato de que não fui [por causa da invasão]”, afirmou em entrevista ao MetroPod, podcast do Grupo Metropole, nesta segunda-feira (16). “Eu estava na faculdade no dia, saí mais cedo porque minha aula acabou e fui direto para o trabalho. Na época, era assessor de Secretaria de Educação”, disse.
O ex-candidato a governador também contou ter ligado para seu pai, o ex-senador Antonio Carlos Júnior, quando soube da invasão, que fez contatos com Antônio Imbassahy, então prefeito da capital. Também teria ligado para o governador da Bahia na época, César Borges.
Neto também comentou sobre sua vida política, enquanto era universitário. “Não fazia política na faculdade. Não fazia conflito, não distribuía adesivo. Minha política eu fazia fora”, disse. Durante o período em que cursava Direito, entre 1997 e 2001, ele fazia parte da Força Jovem, movimento ligado ao PFL, partido que posteriormente se transformaria no DEM, hoje, União Brasil.
Na retrospectiva de sua graduação, o ex-prefeito disse ter enfrentado “momentos difíceis” por causa do parentesco com ACM. “Tinha dias que eu estava na aula e um grupo do nada parava a aula para fazer protestos contra meu avô”, disse, completando: “Eu engolia calado”.
Metro 1