Viagem de Anderson Torres à Bahia na véspera do segundo turno está na mira da PF

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O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, está na mira de uma investigação sigilosa após uma viagem dele à Bahia, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, informa a colunista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”. No final da manhã da quarta-feira 26 de outubro, Torres e seus assessores se reuniram com o superintendente da Polícia Federal na Bahia, Leandro Almada, e seus dois assessores diretos, os delegados Flávio Marcio Albergaria Silva e Marcelo Werner Derschum Filho. Werner hoje é secretário de Segurança Pública do governo baiano.

O objetivo, segundo a publicação, era ordenar que a Polícia Federal se engajasse na operação que o Ministério da Justiça planejara com a Polícia Rodoviária Federal nos ônibus e veículos que transportariam eleitores no domingo. A ideia era parar todos os que apresentassem qualquer tipo de irregularidade.

Durante a reunião com a PF em Salvador, Torres disse que o ministério havia recebido muitas denúncias de compras de voto por petistas no Nordeste. Para ele, era essa a explicação para a grande diferença entre a votação de Lula e a de Bolsonaro no primeiro turno. Na Bahia, Lula tinha tido 5,8 milhões de votos (69,73%), contra 2 milhões (24,31%) do então presidente.

Torres disse ainda que as informações do setor de inteligência indicavam que os petistas pretendiam causar confusão no dia do segundo turno. Desse modo, o então ministro queria que a Polícia Federal colocasse pelo menos 90% do efetivo nas ruas e estradas no domingo – o que seria atípico para o período.

O tom de Anderson na reunião causou espanto nos policiais. No entanto, o esforço da PRF e de Torres não teve o efeito desejado, pois os eleitores não deixaram de votar por causa dos bloqueios.

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