Vereadores do União Brasil de Salvador avaliam possibilidade de deixar partido

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Faltando menos de um ano para as eleições de 2024, os vereadores de Salvador já fazem as contas para encontrar a melhor forma, do ponto de vista matemático, de assegurar a reeleição. No União Brasil, ao menos quatro edis analisam a possibilidade de deixar a legenda na janela partidária. São eles: Kiki Bispo, Cláudio Tinoco, Cátia Rodrigues e Palhinha. Eles podem migrar para outros partidos aliados.

No pleito de 2020, os quatro asseguraram cadeiras na Câmara na faixa dos sete mil votos. Embora tenha eleito sete vereadores na época, a bancada do União Brasil hoje é de seis representantes, uma vez que Alexandre Aleluia trocou a legenda pelo PL após o pleito. Além disso, Palhinha, que ficou na suplência, assumiu o mandato com a licença da atual secretária municipal de Sustentabilidade e Resiliência, Marcelle Moraes.

Nesta quinta-feira (27), o novo presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões, se reuniu com a bancada e foi informado sobre a possibilidade de vereadores deixarem a sigla, o que vai depender da chamada nominata do partido, ou seja, a lista de candidatos para 2024. Na ocasião, os edis pediram para serem consultados antes da eventual filiação de postulantes com mandato, que são aqueles, teoricamente, com maior potencial, sobretudo os listados na faixa dos seis mil votos.

Simões garantiu que a reeleição dos sete vereadores, incluindo Marcelle, é prioridade para o partido. A expectativa do presidente municipal é que a sigla conquiste nove cadeiras em 2024. Haveria espaço, portanto, para dois novos parlamentares. Entretanto, os quatro vereadores que foram os últimos da fila em 2020 temem que candidaturas competitivas ameacem as respectivas reeleições caso todos estejam na legenda.

O cenário só vai ficar mais nítido a partir de abril de 2024, quando já se saberá quem estará na disputa para valer por cadeiras na Câmara Municipal. Em 2020, vereadores com mandato no União Brasil não se reelegeram, como foram os casos de Felipe Lucas e Beca.

Naquele ano, o partido recebeu parlamentares de mandato já em cima do prazo das filiações e sem comunicação prévia aos filiados, e a competição foi tão acirrada que Maurício Trindade, sob o argumento oficial de desgaste interno, precisou ser expulso da sigla e migrar para o então aliado MDB, pelo qual foi eleito – hoje o edil está no PP.

Vale lembrar que as regras da disputa eleitoral mudaram para 2024, bem com a quantidade de partidos foi reduzida, por conta das recentes fusões e formação de federações partidárias. Cada sigla, incluindo as federações, poderá lançar até 44 postulantes a vereador. Dessa forma, a disputa terá um número menor de candidatos no geral e o coeficiente eleitoral deve subir. (Política Livre)

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