O projeto enviado pelo prefeito Bruno Reis (União) que assegura um subsídio de R$205 milhões para as empresas concessionárias do transporte público por ônibus deve ser votado nesta terça-feira (13) na Câmara Municipal. Esse foi o entendimento da reunião dos líderes partidários convocada pelo presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB), realizada antes da sessão plenária de hoje, no qual o tema foi debatido.
Alguns vereadores da oposição criticaram, em plenário, tanto o aumento da passagem de ônibus de R$ 4,90 para R$ 5,20, que começou a vigorar hoje, quanto o projeto do subsídio. Para o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), a proposta precisa ser debatido com muito cuidado. Ele criticou o aumento da tarifa e antecipou a elaboração de uma emenda da bancada de oposição para assegurar transporte público gratuito para os estudantes carentes de escolas públicas.
As vereadoras Marta Rodrigues (PT) e Laina Crisóstomo (PSOL) também criticaram o aumento de R$ 0,30 da tarifa. Com relação ao projeto do subsídio, Marta pediu mais transparência no cálculo do valor da tarifa.
Outros oposicionistas, no entanto, apoiaram o projeto do subsídio. Os vereadores Hélio Ferreira (PCdoB) e Tiago Ferreira (PT), que representam os rodoviários, consideraram o texto um avanço para beneficiar os trabalhadores das empresas de transporte público da cidade.
O vereador Arnando Lessa (PT) também destacou positivamente a possibilidade de a proposta ir à votação nesta terça. Da bancada governista, o vereador Palhinha (União) disse que o projeto enviado pelo Executivo é mais um avanço da gestão de Bruno Reis. “Quem ganha é a população de Salvador”, afirmou.
Carlos Muniz agradeceu o apoio da oposição para votar o subsídio nesta terça. “A oposição acatou o apelo dos rodoviários, que vinham ameaçando entrar em greve. Se isso ocorresse, e se o projeto do Executivo não for aprovado logo, quem será prejudicado é a população de Salvador”, frisou.
O projeto enviado por Bruno Reis à Câmara divide o valor do subsídio em R$190 milhões para as concessionárias do serviço de transporte público coletivo de passageiros por ônibus convencional e R$15 milhões para os permissionários do Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC).
O prefeito justificou a medida como uma forma de evitar um reajuste maior da passagem de ônibus, além de, segundo o gestor, impedir a quebradeira das empresas e o não pagamento do décimo-terceiro salário dos rodoviários. Bruno Reis tem acusado os governos federal e estadual de não fazerem a sua parte nesse setor.