Milhares de extremistas bolsonaristas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF na tarde deste domingo (8). O efetivo policial não conseguiu conter os terroristas que invadiram os prédios dos três Poderes, muitos deles munidos com máscaras de gás e capacetes —indícios de que o ataque foi planejado. O presidente Lula decretou a intervenção federal do DF até o dia 31 deste mês.
A invasão —transmitida em lives por bolsonaristas radicais— teve início por volta das 15h e, até as 19h, a situação não havia sido controlada. A polícia lançou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo para desocupar os prédios dos Três Poderes. Ao menos 150 pessoas foram presas —até o momento, não se sabe o total de detidos.
Os terroristas atacaram primeiro o prédio do Congresso Nacional. Enfrentaram policiais que mantinham bloqueios na área, subiram a rampa do Congresso e, em seguida, tomaram as famosas cúpulas. Quebraram a vidraça do Salão Nobre do Congresso e conseguiram entrar, apesar da resistência da Polícia Legislativa.
Depois disso, um grupo se dirigiu ao Palácio do Planalto e invadiu o prédio. Policiais formaram uma barreira para impedir acesso ao interior do edifício, de onde despacham o presidente da República e vários ministros. O STF também foi invadido e teve o plenário depredado.
Os manifestantes conseguiram subiram a rampa do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a faixa presidencial há uma semana. Lula não está em Brasília. Ele viajou para Araraquara, no interior de São Paulo, para avaliar o impacto das chuvas que atingiram a região nos últimos dias.
Os manifestantes de extrema-direita foram confrontados por policiais, que usaram bombas de gás lacrimogêneo, mas avançaram ocupando também todo o jardim no entorno do Congresso. A deputada federal Joisse Hasselmann (PSDB-SP) publicou em suas redes sociais um vídeo do momento em que a grade que isolava o Congresso é derrubada.
Em um terceiro ato, partiram em direção ao prédio do STF, principal alvo dos bolsonaristas nos últimos anos. As vidraças do prédio do STF foram quebradas e uma parte dos manifestantes chegou até o plenário da corte —que também foi depredado. Os extremistas saíram em marcha do acampamento na frente do quartel-general do Exército, depois de dias de convocações para atos violentos em Brasília.
Além de intervenção militar –o que é inconstitucional– eles pedem a prisão do presidente Lula (PT). Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que trabalha para “garantir a paz social”. “Em momentos de manifestação popular, a PMDF busca sempre agir para que o evento ocorra de forma pacífica, mantendo-se a integridade das pessoas e patrimônio público e privado, a ordem pública e o cumprimento da legislação”, diz.
Uol