“Só por teimosia, Padilha vai ficar muito tempo no ministério”, diz Lula em reação a ataques de Lira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, alvo de ataques do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ao discursar em evento no Mato Grosso do Sul, Lula disse que Padilha permanecerá no cargo.

“Só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério, porque não tem ninguém melhor preparado para lidar com a diversidade dentro do Congresso Nacional que o companheiro Padilha”, disse Lula.

Na última quinta-feira, Lira havia criticado a conduta do ministro da articulação política da gestão petista. Segundo o presidente da Câmara, Padilha é seu “desafeto pessoal” e “incompetente”.

“É lamentável que integrantes do governo interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o Parlamento. E, depois, quando o Parlamento reage, acham ruim”, disse Lira na quinta-feira, 11. Lira se referia à informação de que Lira e seu aliado Elmar Nascimento, candidato à sucessão na Câmara, teriam saído enfraquecidos após o plenário da Casa manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido), apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco em 2018.

“(A notícia) foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto além de pessoal, incompetente”, declarou Lira. “Não existe partidarização, eu deixei bem claro que ontem (quarta) a votação era de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver, não teve um partido que fechasse questão, os partidos liberaram, na sua maioria (as bancadas para que votassem como quisessem)”, emendou.

No mesmo dia, Padilha publicou um vídeo nas redes sociais em que Lula o elogiava em discurso. Nesta sexta-feira, o presidente voltou a enaltecer a atuação de seu ministro.

“O Padilha está no cargo que parece ser o melhor do mundo nos primeiros seis meses. E depois começa a ser um cargo muito difícil. Porque nos primeiros seis meses, é como um casamento, nos primeiros seis meses de casamento é tudo maravilhoso. Então, o que acontece é que chega um momento que começa a cobrar”, disse Lula.

Marianna Gualter/Eduardo Laguna/Estadão

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