Por unanimidade, o vereador Sidninho (PP) foi eleito nesta quinta-feira (06), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Salvador. Trata-se do colegiado mais importante da Casa, por onde passam obrigatoriamente todos os projetos. Ele foi indicado ao cargo pelo presidente da Casa, Carlos Muniz.
Já a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) foi eleita vice-presidente da CCJ, que tem ainda como membros os vereadores Duda Sanches (União), Maurício Trindade (PP), Júlio Santos (Republicanos), Omarzinho (PDT) e Rodrigo Amaral (PSDB). Os suplentes são Kiki Bispo (União), líder do governo, e Marta Rodrgues (PT).
O União Brasil havia indicado Duda Sanches para a presidência da CCJ. Por ter a maior bancada, com sete edis, a legenda tinha a expectativa de comandar o colegiado, como aconteceu nos últimos anos. Entretanto, diante do impasse nas negociações entre o PSDB de Muniz sobre a reforma administrativa do prefeito Bruno Reis (União), o tucano não aceitou a indicação.
Apesar do tensionamento, o Palácio Thomé de Souza decidiu não ir para o confronto com Muniz e aceitou a indicação de Sidninho, que também é membro da base do governo, mas é muito ligado ao presidente da Câmara. A maioria dos membros da CCJ da base governista também é muito próximo ao tucano, como é o caso de Maurício Trindade e Rodrigo Amaral.
Como presidente de comissão também vota na análise de projetos, e com o apoio de Aladilce, que é da oposição, Muniz pode, se desejar, impor dificuldades e até derrotar o prefeito na tramitação de projetos de interesse do Executivo na CCJ. O tucano, e o PSDB, cobram insistentemente que Bruno Reis entregue ao partido o comando da Secretaria Municipal de Educação (Smed), conforme acordo firmado antes das eleições.