Santa Cruz cobra atitude de Lira e Pacheco após evento com “interesses golpistas”

Foto: Reprodução

 

 

Após discursos do presidente Jair Bolsonaro com tom de ameaça ao Judiciário e ao Legislativo, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, afirmou que o chefe do Executivo transformou o 7 de Setembro em um ‘evento particular a serviço de seus interesses golpistas’.

Em seu perfil no Twitter, Santa Cruz ainda cobrou um posicionamento dos presidentes da Câmara e do Senado – Arthur Lira e Rodrigo Pacheco – sobre a conduta de Bolsonaro, destacando que ‘a sociedade espera atitude firme de defesa da democracia ameaçada’.

Durante discurso em Brasília, na manhã desta terça, 7, Bolsonaro afirmou, sem citar diretamente a quem se referia, que ‘ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos’. O chefe do Executivo atacou os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, integrantes do Supremo Tribunal Federal, falou em ‘ultimato’ aos Poderes e ainda alegou que iria convocar o Conselho da República (órgão que se pronuncia sobre intervenção federal estado de defesa e estado de sítio).

Já durante a tarde, em São Paulo, o presidente voltou a atacar o Poder Judiciário, criticou prefeitos e governadores pela condução durante a pandemia de covid-19 e ainda deu um recado: “Quero dizer aqueles que querem me tornar inelegível em Brasília que só Deus me tira de lá. […] Quero dizer aos canalhas que eu nunca serei preso”.

Pacheco se pronunciou nas redes sociais sobre o 7 de Setembro, dando destaque à ‘absoluta defesa do Estado Democrático de Direito’. Já Arthur Lira não fez nenhum comentário sobre o feriado da Independência ou sobre os discursos de Bolsonaro.

Em artigo ao Blog, Pacheco afirmou que ‘liberdade e democracia são valores que não pertencem à direita ou à esquerda’. “Definitivamente, não se pode invocar o valor supremo da liberdade para corroer a democracia. E nem apregoar uma suposta intenção de salvar a democracia com desrespeito à divergência de ideias e ao papel de cada Poder. A democracia caminha ao lado do Estado de Direito”, registra trecho do texto assinado pelo presidente do Senado.

Com informações do Estadão

 

 

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