No data was found

Salvador superou o platô e a Covid-19 está em queda

                                                                                 Foto: Raphael Muller

 

O número de casos e de mortes por Covid-19 em Salvador está em queda, a cidade já superou o platô e os indicadores mostram redução expressiva de casos e mortes. Os índices são os seguintes: o número de novos casos de Covid-19 na cidade, que chegou a atingir 1.500 por dia, caiu pela metade, e nos últimos cinco dias registrou uma média de 750 novos casos. O número de mortes em Salvador, que atingiu seu pico em 24 de junho, quando morreram 42 pessoas, caiu cerca de 80%, e a média de mortes nos últimos cinco dias foi de nove pessoas.

As duas curvas mostram que a cidade superou o platô e agora registra descenso tanto de mortes quanto de casos. As informações são do Consórcio de Órgãos de Imprensa, com dados da Secretaria Estadual da Saúde. A Sesab informa ainda que houve queda abrupta na transmissão de Covid-19 em Salvador, pois a taxa de crescimento médio de casos nos últimos cinco dias – que era de 2,42%, em 3/7 – caiu para 0,52%, ficando entre as 30 mais baixas.

Excelente trabalho

Por outro lado, a taxa de ocupação das UTIs, que segue caindo, ainda não caiu abaixo de 70% por causa dos casos vindos de outros municípios, mas o secretário municipal da Saúde, Léo Prates, declarou recentemente que o número de pessoas nas UPAs no sistema de regulação, que era, em média, de 30 pessoas, caiu para nove nos últimos dias e está reduzindo.

Esses dados demonstram que o governo do estado e a prefeitura de Salvador fizeram um excelente trabalho, fazendo refluir a pandemia sem que houvesse o colapso do sistema de Saúde, como ocorreu em outros estados. E, por isso, tanto estado quanto prefeitura deveriam estar comemorando. E, no entanto, nenhuma palavra sobre esses números, nenhum balanço da situação, e a cidade permanece assustada acreditando estar no clímax da pandemia, quando ela está visivelmente em queda. Enfim, há mais mistérios na Covid-19 do que sonha nossa vã filosofia.

É possível que o silêncio das autoridades tenha como objetivo não estimular as pessoas a saírem às ruas, pensando que a pandemia acabou, até porque no interior do estado ela segue crescendo. Além disso, no momento em que fase 1 da reabertura da economia vai ser iniciada, nesta sexta-feira, se faz necessário o cumprimento estrito dos protocolos, inclusive a espera de 14 dias para dar início à fase 2, para que assim o vírus não volte com força. Mas a população soteropolitana precisa saber o que realmente está acontecendo: esse é o papel da imprensa. No mais, fica a constatação de que, apesar de contido, o vírus está ativo, o contágio pode voltar a crescer e a população precisa continuar se protegendo.

A volta do estaleiro

O estaleiro Enseada, que empregava cinco mil pessoas, em Maragojipe, e precisou fechar, vai voltar a operar e construir dois porta-contêineres a partir de janeiro de 2021. O estaleiro assinou um memorando de entendimento irrevogável com a Petrocity Portos, do Espírito Santo, que obteve um financiamento do Fundo Nacional de Marinha Mercante, no valor de R$ 340 milhões, para a fabricação dos dois navios, cuja construção deverá ter início a partir de janeiro de 2021. São embarcações de 1.500 pés destinadas ao transporte de cabotagem. A previsão é de geração de 750 empregos. A Petrocity vai também construir um complexo portuário em São Mateus (ES).

Os serviços e reforma tributária

A reforma tributária encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo federal preserva os bancos. Ela estabelece que as atividades produtivas pagarão 12% de imposto na Contribuição sobre Bens e Serviços, enquanto os bancos, que nada produzem, pagarão só 5,8%. Mas o pior é que, embora tenha mantido a carga tributária, a reforma faz remanejamentos e atinge o coração do setor serviços, que gera 70% do PIB baiano e brasileiro. Se aprovada, vários segmentos do setor, que atualmente pagam 3,65% da receita bruta de PIS e Cofins, vão pagar 12%. Serviços de educação, segurança, informática, hotelaria, telecomunicações, aviação. Após a queda, com a pandemia, vem o coice. As informações são do jornal A Tarde.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *