Rui Costa defende que Bolsonaro institua programa de renda mínima

                                                                                  Foto: Romildo de Jesus

 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu ontem que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) institua um programa de renda mínima para ajudar as pessoas de baixa renda. O Palácio do Planalto deve encerrar o auxílio emergencial de R$ 600 concedido durante a pandemia da covid-19, e criar o Renda Brasil para substituir o Bolsa Família. O valor do programa, porém, ainda não está definido.

“Eu vejo como positivo. Sou defensor que haja política de transferência de renda. Está mais do que provada a absurda concentração de renda. (…) Nunca acreditei. Não acredito na política do quanto pior, melhor. Infelizmente, a Bahia é vítima. O povo baiano é vítima de uma perseguição implacável desde o governo Temer e agora no governo Bolsonaro, porque eles acreditam nisso (no quanto pior, melhor). Portanto, eu não prego e nem pregaria a política do quanto pior, melhor de fazer o povo sofrer e se dar bem na próxima eleição. Eu acho e defendo que o governo atual mantenha ou institua um programa de renda mínima até maior do que foi o Bolsa Família”, declarou o governador, em entrevista à DCM TV.

Rui voltou a contestar a pesquisa do Datafolha que aponta uma melhora da aprovação de Bolsonaro. A melhora, segundo o levantamento, ocorreu também na região Nordeste, que é a principal base eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eu não gosto muito de debater pesquisa. Cada um tem a sua metodologia, a sua forma, mas só quero reafirmar aqui que os nossos números não conferem nem de longe com esses números divulgados pelo Datafolha. Não quero fazer juízo de valor, mas não detectamos pelo menos na Bahia esses números. Continua no patamar acima de 50% o ruim/péssimo. Não tenho acesso a uma avaliação regional. Tenho avaliação na Bahia. Posso dizer que na Bahia os números não correspondem”, afirmou. “Até onde eu sei, a popularidade do governo é baixíssima. Até porque é um governo que infelizmente não tem tido nenhum projeto novo. As vindas do presidente aqui ao Nordeste todas foram para inaugurar obras iniciadas por Lula ou Dilma. Ou menos obras que já tinha sido inauguradas”, emendou.

Segundo o Datafolha, 37% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, ante 32% que o achavam no levantamento anterior, feita em 23 e 24 de junho. Mais acentuada ainda foi a queda na curva da rejeição: caíram de 44% para 34% os que o consideravam ruim e péssimo no período. Consideram o governo regular, por sua vez, 27%, ante 23% em junho. Rui voltou a criticar também a falta de diálogo do governo Bolsonaro. Segundo ele, no período de quase dois anos do governo, só participou dois encontros pessoais com o presidente. As duas reuniões ocorreram no ano passado.

O governador se esquivou quando questionado sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender julgamento de dois procedimentos disciplinares contra o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. “Não quero polemizar fazendo análise de decisões judiciais. Reconheço a legitimidade da Justiça de tomar suas decisões. Agora, acredito que todos devem ser tratados iguais perante à lei. Assim que queremos a Justiça. É o que desejo”, pontuou. As informações são do jornal Tribuna da Bahia.

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