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O presidente da Fundação Palmares, sérgio camargo, afirmou na terça-feira, 17, que irá processar o cantor Martinho da Vila por danos morais, após ser chamado de “preto de alma branca”. Ele também afirmou que irá entrar com uma ação criminal contra o sambista por racismo.
“Quando diz que sou uma vergonha para a “comunidade negra” já sei que é um afromimizento. Existem somente cidadãos brasileiros, a tal comunidade negra é um eufemismo para senzala da esquerda”, disse o presidente da fundação.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira, 16, Martinho da Vila afirmou que Sérgio Camargo está destruindo a Fundação Palmares. “Botaram aquele cara lá, o Camargo, bolsonarista radical. Ele é um preto de alma branca, como se diz. No duro, ele gostaria de ser branco. Ele acha que ele é branco. Ele se sente branco. E ‘tem que acabar com essas coisas todas de preto'”, falou o sambista.
Camargo rebateu afirmando que a declaração de Martinho da Vila é racista. “Pretos de esquerda usam a cor da pele como escudo para cometer delitos raciais impunemente. Isso precisa acabar. A lei deve valer para todos”.
Ainda no Roda Viva, Martinho completou dizendo que “ele (Camargo) está lá cumprindo seu papel, que é acabar com a Fundação Palmares. Pra mim, a Fundação Palmares não existe mais. Ele não tá exercendo função nenhuma. Pra mim aquilo acabou, ele retirou uma porção de coisa lá e tal e eu acho que nós temos que criar uma outra fundação, aquela já era”.
Camargo se autointitula um “negro de direita” e “antivitimista”. Ele foi indicado para presidir a Fundação Palmares pelo presidente Jair Bolsonaro. Em post no Facebook, ele afirmou que: “O Brasil tem racismo nutella. A negrada daqui reclama porque é imbecil e desinformada pela esquerda”. Nesta quarta-feira, 18, ele reafirmou o post.
As informações do A tarde