Prefeitura gasta R$ 145 milhões em combate ao coronavírus e perde 10% de receita em abril

                                                                                        Foto: Joá Souza 

 

O secretário da Fazenda de Salvador, Paulo Souto, afirmou nesta quarta-feira, 6, que a prefeitura já empenhou, entre março e abril, R$ 145 milhões em recursos para investimentos no combate ao coronavírus. Deste valor, já foram pagos efetivamente R$ 55 milhões, sendo que o restante deve ser quitado ao longo dos próximos meses. Por outro lado, a pandemia tem imposto aos cofres públicos um cenário desfavorável: enquanto as despesas crescem continuadamente, as receitas diminuem no mesmo compasso.

De acordo com o titular da Sefaz municipal, entre janeiro e março, a prefeitura havia conseguido economizar R$ 402 milhões em despesas correntes. No entanto, com o início da crise sanitária, precisou queimar este “colchão” e agora tem visto a proporção entre receitas e gastos se inverter. Só em abril, a arrecadação do município com impostos como IPTU caiu 27% e 10% no caso do ISS.

“Até março, nossas receitas estavam crescendo 6% e nossas despesas cresciam 4%. Até março, a prefeitura estava economizando em despesas correntes R$ 402 milhões, mas começou a gastar isso em abril e maio. Se nós excluirmos das respeitas de prefeitura em abril os 55 milhões concretizados em despesas de abril, as receitas da prefeitura já caíram 10% em abril”, explicou Souto, em entrevista ao Isso é Bahia. Ainda segundo o secretário, as despesas cresceram 8% no mês passado.

“Não há como ter aumento de arrecadação. Na verdade, a realidade é bem mais cruel. Estamos vivendo uma queda expressiva, que pode ser acentuada nos próximos meses”, enfatizou.

Ainda de acordo com ele, exceto saúde, assistência social e mobilidade urbana, todas as outras áreas da prefeitura precisarão reduzir gastos para amortecer os impactos do aumento de despesas com a pandemia. Contratos estão sendo renegociados para que valores sejam revistos.

“O prefeito não tem colocado limite de aumento de gastos para ações essenciais na área da saúde e na área social. Por outro lado, há o esforço do prefeito de reduzir algumas despesas. Todos os outros setores vão ter que gastar menos”, afirmou. As informações são do jornal A Tarde.

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