Foto: Adam Vidal/Segov
A atuação resiliente de Salvador e o compromisso da cidade com as pautas climáticas e sustentáveis foi um dos pontos destacados pela vice-prefeita e secretária de Governo de Salvador (Segov), Ana Paula Matos, durante o ONU Habitat – Estratégias de resiliência para atuação municipal: o case de Salvador. O evento foi realizado na terça-feira (26), de maneira virtual.
“Não compreendemos desenvolvimento sem sustentabilidade”, declarou a vice-prefeita, que mediou o encontro. Na ocasião, foi defendido que a necessidade de mitigação da ação climática e a capacidade de resiliência dos países é uma necessidade global, mas ações locais contribuem enormemente para o esforço de solucionar a questão.
Ana Paula apontou que as ações do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima na capital baiana dialogam, em muitos sentidos, com a estratégia de desenvolver a capacidade de adaptação da cidade. “Salvador tem metas claras, projetos consistentes, mão de obra disposta e uma rede de parceiros para nos auxiliar. Não só avançamos, mas aprendemos com as crises e os desafios. Passamos a adotar ações preventivas para preservar vidas e dialogamos com a comunidade”, afirmou.
A vice-prefeita pontuou ainda que as alianças globais permitem progredir no grande desafio que é fazer com que o conceito de sustentabilidade e resiliência cheguem até a comunidade. “É preciso chegar a todo e qualquer cidadão, levando consciência sustentável às comunidades, para que a sociedade se sinta parte e comece a engajar ações de boas práticas responsáveis”, concluiu.
Na ocasião, foram citados exemplos de avanços da capital. Dentre eles, a reestruturação da Defesa Civil após as chuvas de 2015, o enfrentamento às mudanças climáticas, as ações de mudança de vida da comunidade Guerreira Zeferina, em Periperi, e a criação do Escritório de Governança Social.
O diretor da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macedo, fez uma explanação técnica dos avanços no enfrentamento às mudanças climáticas na gestão municipal, pontuando que é imprescindível a participação popular no processo.
“Precisamos, obrigatoriamente, dialogar com a cidade, fazendo o mapeamento das áreas de risco de Salvador, depois o mapa de ocupação e, na sequência, a capacitação dos moradores, através dos núcleos comunitários de proteção e Defesa Civil (Nupdecs)”, relatou.