A partir do dia 2 de fevereiro, turistas que desejarem visitar a praia de Baixio, localizada a cerca de 120 km de Salvador, no litoral norte da Bahia, terão que pagar uma taxa de acesso. O anúncio foi feito pelo prefeito de Esplanada, Nandinho da Serraria (PT), e se aplicará a todos os veículos de fretamento turístico, como ônibus e vans utilizados em excursões e passeios. O valor da tarifa ainda não foi divulgado pela prefeitura.
Em comunicado publicado no Instagram, a prefeitura informou que “no último domingo, foi realizada uma barreira educativa para conscientização sobre a regularização das taxas obrigatórias de veículos. A partir do próximo dia 2 de fevereiro, as barreiras deixarão de ser educativas e passarão a ser de fiscalização efetiva.”
A medida tem como objetivo organizar o fluxo de visitantes e garantir a preservação ambiental da praia, que é um dos principais destinos turísticos da região. No entanto, a decisão já está gerando preocupação entre moradores e comerciantes locais, que temem que a cobrança afaste os turistas e impacte negativamente a economia da região, fortemente dependente do turismo.
Construção de resort de luxo e aeródromo
O Grupo Prima, anunciou no dia 30 de novembro de 2024 o maior investimento privado em turismo da história do Brasil. O projeto, que tem um investimento de R$ 5,6 bilhões, inclui a construção de três resorts de altíssimo luxo e um aeródromo no distrito de Baixio, que pertence à cidade de Esplanada.
O aeródromo, que terá auxílio do governo baiano para desapropriações, será fixado no município de Conde, próximo ao distrito de Baixio. A iniciativa promete transformar a região em um dos principais polos turísticos do país, mas também levanta questões sobre os impactos socioeconômicos e ambientais para a comunidade local.
O CEO do Grupo Prima, Rúben Escartín, explicou o motivo de ter escolhido o distrito. “Nós, antes de definir aqui como destino, falamos com grandes operadores hoteleiros espanhois, que estão aqui [na Bahia], como o Iberostar, como a Sol Meliá que comprou uma área em Guarajuba. Então, fomos falar com eles, que são especialistas em turismo e desenvolvimento de destinos. Eles falaram que o melhor local para o desenvolvimento turístico no pais, que tinha 7000 km, e pelas seguintes características, em ter um [bom] clima e ser perto de Salvador e do ponto vista de conexão internacional. Pensamos que poderia acontecer um Riviera Maya mexicana aqui”, disse Rúben. (IB)