Prefeitura apresenta promoção da música afro de Salvador a players do mercado

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Cerca de 40 atores do mercado da música nacional e internacional se reuniram, na quinta-feira (1º), com representantes da Prefeitura para discutir ações que possam promover a música afro de Salvador para o país e para o mundo. O encontro ocorreu na Cidade da Música da Bahia, no Comércio, dentro da programação do Festival Salvador Capital Afro, evento criado para fortalecer a economia criativa, musical, audiovisual, do afro-turismo e políticas antirracistas, que acontece até domingo (4).

Durante a reunião, os gestores municipais apresentaram os projetos, festivais e festas de rua desenvolvidos na capital baiana para players nacionais e internacionais, que representam festivais, atuam como curadores, agentes e bookers. Entre os cases de sucesso de Salvador, foram citados o projeto Boca de Brasa, que apoia a produção cultural e artística em bairros periféricos, e os festivais da Cidade, da Primavera, Salvador Jazz e Virada Salvador, este último com cinco dias de evento e mais de 100 horas de música, além do Carnaval e pré-Carnaval, entre vários outros.

Em discurso para o trade da música, a titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Mila Paes, ressaltou que a cultura tem um caráter de desenvolvimento econômico em Salvador mais relevante que em outros locais do país. Por esse motivo, a gestão municipal tem desenvolvido, de maneira conjunta, desde editais de fomento a instituições que já atuam com a economia criativa em bairros da periferia até programas e projetos localizados em alguns equipamentos.

“Lançamos recentemente três editais Boca de Brasa Criativa, direcionados para instituições que trabalham com a economia criativa na periferia da capital. A ideia é levar recursos para essas instituições para que elas possam ampliar suas atuações e garantir a sobrevivência dessas ações na área de cultura, de espetáculo e na área de música. Nós também temos o Doca 1, Polo de Economia Criativa, o Cidade da Música  e mais duas estruturas em construção, que são o espaço de eventos e a implantação de uma escola de música para a formação de toda a cadeia de talentos desse universo da música e de eventos”, explicou Mila.

O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, destacou o esforço da Prefeitura em consolidar uma plataforma de eventos para tornar a capital baiana mais atrativa. “De 2013 para cá, a cidade refloresceu em um setor de extrema importância. Foram criados não só eventos isolados, mas uma estratégia de a cidade possuir uma plataforma de eventos com perenidade. Um dos lemas da atual gestão é que Salvador precisa ser uma cidade interessante nas 52 semanas do ano, e todos nós trabalhamos com essa diretriz. Não à toa, a cidade recebeu o título de Cidade da Música, que recentemente foi renovado. A ideia é que tenhamos uma Salvador vibrante e a gente faz um grande esforço para isso”.

Para o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, a música é um dos pontos centrais da capital baiana. “Eu diria que o baiano dança, ele não anda. Se você for em qualquer lugar da cidade tem gente cantando, tem gente dançando, e a música baiana hoje é muito vasta. Nós temos o Sound System, com o uso da guitarra baiana, e que hoje é uma grande revolução da música na cidade; o pagotrap, que é uma vertente do pagode, além do arrocha, do reggae e também do rock. Então, surgem coisas novas o tempo todo”, destacou.

Nesse sentido, completou Guerreiro, as ações desenvolvidas pela FGM têm o objetivo de potencializar a cultura que a cidade já pulsa em todos os lugares. “A ideia da Prefeitura é acolher esses movimentos e formalizar esses processos, desde à documentação à organização, administração e à cadeia produtiva”.

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