PF reúne provas contra Bolsonaro no comando da tentativa de golpe

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Operação da Polícia Federal prendeu ex-assessores de Jair Bolsonaro e apreendeu o passaporte do ex-presidente na sede do PL; ex-ministros também são alvo da investigação. Para os investigadores da operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade), as provas coletadas confirmam a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e colocam Bolsonaro no topo da cadeia de comando da trama golpista, escreve Natália Portinari.

As provas apontam que o ex-presidente recebeu e propôs alterações em uma minuta de decreto golpista, mantendo a determinação para que o ministro do STF Alexandre de Moraes fosse preso. Moraes teve seus movimentos monitorados pelo coronel Marcelo Câmara, um dos detidos, e a missão especial de prendê-lo seria executada pelos militares kids pretos, da elite do Exército. Um novo elemento de prova foi encontrado ontem na sede do PL, em Brasília: um documento anunciando estado de sítio no país. Leia aqui.

5 alvos da PF receberam dinheiro do PL, partido cuja estrutura foi usada para elaborar a minuta golpista em 2022. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, foi preso na quinta (8) por posse ilegal de arma. Ele, Jair Bolsonaro e o general Braga Netto, entre outros investigados, recebem salários mensais, pagos com verba pública, do Fundo Partidário. Veja os valores.

A Polícia Federal comprovou que a trama golpista contra a eleição do presidente Lula teve método e uma longa preparação, com os autores divididos em núcleos de logística, mobilização, conteúdo jurídico etc., começando com ações coordenadas que desacreditavam as urnas eletrônicas e a Justiça Eleitoral. Advogados ouvidos pelo UOL avaliam que as medidas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) contra Bolsonaro e seu grupo estão bem fundamentadas. Foram quatro mandados de prisão e 33 de busca e apreensão, entre outras medidas restritivas.

Uol

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