Pelo menos 22 vereadores de Salvador analisam trocar de partido para disputar a reeleição

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Dos 43 vereadores de Salvador, pelo menos 22 analisam a possibilidade ou poderão ser convidados a buscar um novo partido para tentar a reeleição em 2024, ou seja, mais da metade da Câmara. As trocas devem acontecer sobretudo em abril, quando os edis terão um cenário mais nítido sobre a lista de candidatos de cada legenda. É também quando estará aberta a chamada janela partidária, período fixado pela Justiça Eleitoral para que as mudanças possam ocorrer sem risco de perda do mandato por infidelidade.

Há risco de alguns partidos deixarem de ter representação na Câmara antes da eleição por conta do troca-troca dos vereadores, motivado pelo posicionamento em relação ao pleito majoritário, pragmatismo eleitoral ou meta sobrevivência política. Isso pode acontecer com o Podemos, o Solidariedade, o Avante, o MDB, o PMN, o Cidadania e até o PL.

Cada legenda poderá lançar até 44 candidatos a vereador, conta que vale também para as federações formadas por PT, PCdoB e PV e por PSDB e Cidadania. A renovação na Câmara Municipal é estimada em 30%. Com regras novas, será uma eleição mais dura, com menos legendas, postulantes e vagas na proporcional disponíveis. Por conta disso, os partidos terão que se esforçar ainda mais para atrair postulantes sem mandato, que são fundamentais para que a legenda alcance o quociente eleitoral.

Confira abaixo como está hoje a movimentação nos partidos e entre os vereadores visando a disputa pela reeleição em 2024.

União Brasil

Partido individualmente com a maior bancada na Câmara Municipal, com seis vereadores, o União Brasil deve aumentar ainda mais a representatividade no Legislativo em 2024, até por ser o partido do prefeito que é postulante à reeleição. Por outro lado, em função da alta concorrência, inclusive com suplentes de quase sete mil votos, a legenda deve ter dificuldades em atrair candidatos novos e até mesmo manter todos os quadros na disputa pela reeleição.

Como já noticiou com exclusividade o Política Livre, pelo menos quatro edis analisam a possibilidade de deixar a sigla: Kiki Bispo (líder de Bruno Reis na Casa), Cláudio Tinoco, Cátia Rodrigues e Palhinha, que é o primeiro suplente, mas assumiu a cadeira com a ida de Marcelle Moraes para a Secretaria de Sustentabilidade e Resiliência da Prefeitura. O PDT é visto como uma alternativa, assim como o Democracia Cristão (DC). Vale frisar que o União Brasil também pode receber vereadores de mandato.

Federação PSDB/Cidadania

Como formam uma federação, PSDB e Cidadania devem atuar como um único partido. Atualmente, o grupo tem cinco vereadores: Carlos Muniz (PSDB) – presidente da Câmara -, Daniel Alves (PSDB), Cris Correia (PSDB), Téo Senna (PSDB) e Joceval Rodrigues (Cidadania). A meta é se tornar a segunda maior bancada.

Muniz já sinalizou que o desejo dele é que a federação não receba vereadores de mandato para priorizar a reeleição dos atuais edis e renovar quadros. Mas isso pode mudar. Dois vereadores do grupo analisam a possibilidade trocar de legenda: Téo Senna e Joceval Rodrigues – o primeiro para facilitar a reeleição e o segundo por estar na oposição a Bruno Reis, contrariando os colegas. (Política Livre)

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