A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está discutindo uma proposta que pode privatizar áreas de praias que hoje pertencem à União. O senador Flávio Bolsonaro (PL), relator da proposta popularizada como “PEC das Praias”, afirmou que o projeto não irá privatizar as praias brasileiras, após a repercussão negativa da emenda. O tema foi discutido no programa Três Pontos desta quinta-feira (6).
O jornalista Bob Fernandes relembrou as tentativas ilegais do senador relator do processo da PEC das Praias de construções ilegais à beira-mar.
“Começa pela bizarrice de ter Flavio Bolsonaro como relator do projeto. Iniciamos lembrando de uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro que detectou dinheiro de rachadinhas saindo do gabinete, do então deputado Flavio,e via em outros o Queiroz, o faz tudo dos Bolsonaros, chegando ao Adriano da Nóbrega, um assassino, e as construções ilegais na Zona Oeste do Rio de Janeiro”, relembrou.
Bob também relembrou a denúncia feita pelo jornal Metropoles da briga envolvendo a compra da paradisíaca Ilha Comprida, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, envolvendo o jogador Richarlison, seu sócio e o advogado de Brasília Willer Tomaz, aliado de Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Após um longo processo, Willer Tomaz conseguiu tirar a ilha de Richarlison e passar a Flávio, através de uma decisão 2ª Vara Cível da Comarca de Angra dos Reis, Ivan Pereira Mirancos Júnior. Segundo o jornalista Luis Nassif, da GGN, caso a PEC das Praias passe no Senado, Flávio Bolsonaro estaria preparado para “dar a maior tacada de sua vida” com a ilha adquirida.
Nesta quarta-feira (5), o senador Flávio Bolsonaro destacou em entrevista à Globonews que “nada muda” sobre o acesso da população às praias.
“Quem garante o acesso à praia é a União, é a polícia. Quem fechou o acessar à praia, é caso de polícia. É só ir na delegacia e denunciar que tem seguranças privados impedindo a passagem”, disse o senador em entrevista. (Metro 1)