“Oposição não quer votar”, diz presidente da Assembleia Legislativa

adolfo

A oposição tem criado dificuldade para a votação dos projetos na Assembleia Legislativa da Bahia. É o que afirma o presidente da ALBA, deputado Adolfo Menezes (PSD), ao defender a retomada das atividades em plenário. Em entrevista ao programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM, nesta quarta-feira, 27, o parlamentar afirmou que os deputados contrários ao governo estadual estão obstruindo a pauta de votações.

“As votações estão travadas até porque a paridade entre as bancadas do governo e da oposição está muito próxima. O governo tem apenas hoje dois, três deputados a mais. Então, isso complica as votações. A oposição tem criado dificuldades. Não quer votar, na ótica deles, achando que vai privilegiar politicamente o grupo do governador. Eu não posso obrigar a votar. Eu tento dialogar”.

Menezes suspendeu o recesso legislativo previsto para julho, mas há três semanas não há votação em plenário. Para esta quarta, ele convocou sessão extraordinária, de forma híbrida, para colocar em apreciação um pacote de projetos de interesses do governo.

“Tem projetos para o governo da Bahia tomar R$ 100 milhões da Caixa Econômica. Tem projetos que regulamentam os consórcios públicos da Bahia. Outros projetos de terrenos em Lauro de Freitas e o que concede pensão às viúvas de policiais militares, que são 147, que estão sem receber em virtude desse projeto não ser aprovado”.

O deputado foi questionado sobre o pedido de suplementação feito ao governo do estado, no valor de R$ 90 milhões e disse que tem mantido contato com o governador Rui Costa. Revelou ainda que o chefe do executivo disse que era preciso apertar as contas, já que a Bahia iria perder cerca de R$ 2,7 bilhões em virtude da nova lei do ICMS. Mesmo assim, justificou que o recurso solicitado é fundamental para o funcionamento da Assembleia Legislativa.

“Em 2021, em plena pandemia, com todas as restrições, restaurante fechado, transporte sem funcionar, escola legislativa fechada, TV fechada, com custo muito menor, foram gastos R$ 786 milhões. Qual foi o orçamento aprovado para 2022? R$ 737 milhões. São R$ 50 milhões a menos. Só aí já dão os R$ 90 milhões”, destacou.

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