Operação Faroeste: Desembargadora critica andamento de processos e sugere “mandar tudo” para o CNJ

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Durante a sessão do Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) da última quarta-feira (12), a desembargadora Sílvia Zarif desabafou durante votação para abertura de processos administrativos disciplinares (PADs) contra o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, um dos alvos da Operação Faroeste, que investiga venda de sentenças no oeste baiano.

Sílvia, que é relatora de PADs, sugeriu que os processos sejam encaminhados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Se o Tribunal da Bahia não tem competência de julgar os colegas do 1º Grau, que se mande tudo para o CNJ. Se não temos condições de julgar processos contra juízes que envolvem o oeste da Bahia, vamos ter que mandar tudo para o CNJ. É só um desabafo que que eu gostaria de fazer”.

A desembargadora chegou a solicitar uma reunião com o presidente do TJ-BA, o desembargador Nilson Castelo Branco, e demais membros do tribunal para discutir a questão. “Essas suspeições têm gerado muitos problemas” […] “Eu, infelizmente, estou sendo vítima dessa questão” […] “Não se justifica que os colegas do oeste, no 1º e 2º Grau, declarem suspeições reiteradamente” […] “Eu estou com inúmeros processos e não é possível que se continue dessa forma”.

O processo aponta suspeição de dez desembargadores investigados, entre eles, José Alfredo Cerqueira Silva, Aracy Lima Borges, Aliomar Silva Britto, Heloísa Pinto de Freitas Graddi, Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel, Lisbete Maria Teixeira Almeida Cézar Santos, Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto, Maria do Socorro Habib e Maria Helena Regina e Silva.

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