Foto: Elói Corrêa e a Rafael Martins
Até que as estratégias adotadas por Rui Costa na Bahia e ACM Neto em Salvador renderam bons frutos. Num rápido olhar, o pico da pandemia por aqui inicialmente estava previsto para meados de abril, depois para o fim, passou para o início de maio, também empurrou-se para o fim e agora se diz que a hora pior está chegando.
O que é o pior? Uma cena já familiar na tevê: hospitais e cemitérios abarrotados. Oxalá cá não precise ser assim. O que Rui e Neto querem, e o desafio deles é esse, é evitar essas cenas que dão a sensação de fundo do poço. É uma prova de fogo. Mas os dois dizem que até lockdown, o trancamento total, é possível.
Mau exemplo — Já é batido e reprisado que o corona veio da alta classe média, de avião, da Ásia ou da Europa para cá, sabe-se lá. E o grande medo aqui é que invada as áreas populares, densamente povoadas por pessoas que usam sempre o mesmo transporte.
Se chegar lá, lockdown. E Rui Costa tem uma responsabilidade maior, até porque tem alguns prefeitos, como Rubem Bruno, de Umburanas (50 mil habitantes), que causou espanto nas redes da Chapada Diamantina por aparecer numa foto de segunda-feira ao lado de 25 outras pessoas sem máscara, politicando. Detalhe: domingo foi confirmado o primeiro caso de Covid lá.
Pela Bahia afora, não só em Ilhéus, mas também lá, o isolamento é fraquinho.
Utinga, a recordista mundial de explosões a caixa de banco
Se o Guinness Book, o livro dos recordes, vir essa, com certeza tem que captar. A agência do Banco do Brasil de Utinga, na Chapada Diamantina, núcleo econômico com base na agricultura irrigada, sofreu ontem o seu 17º ataque com explosivos.
Os bandidos chegaram num Fiat no início da madrugada, explodiram os caixas e nada levaram, mas deixaram um estrago imenso, a tristeza dos seus 20 mil habitantes.
O caso é que com tantas explosões, que chegaram à média de uma por ano (o maior tempo sem acontecer foi dois anos), o Banco do Brasil perdeu a paciência e decidiu sair de lá.
Após muitos apelos, o BB cedeu. Reabriu em meados do ano passado só funcionando com papéis. Depósitos em cheque, tudo bem, contratos idem, mas dinheiro para depositar ou sacar, nem pensar. Ficou seis meses nisso. Quatro meses atrás reabriu. Agora vem essa. Dá para aguentar?
Na Câmara, sem acordo
Se na Assembleia governistas e oposicionistas andam de braços dados na pandemia e sessões virtuais, na Câmara, nem tanto. Um projeto do vereador Edvaldo Brito (PSD) que prorrogava o pagamento dos tributos municipais vencidos em março e abril para julho e setembro caiu.
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) disse lamentar:
– Estava tudo acertado, de repente a liderança do governo orientou o voto contra. O povo perde. As informações são do jornal A Tarde.