Durante seu discurso no evento Natal dos Catadores, nesta quarta (22), Lula tentou sinalizar que tem apoio no mercado financeiro e no empresariado, um segmento da sociedade que ainda é tido como refratário à candidatura dele.
“Esse dia de hoje está muito interessante, porque aqui a gente tem banqueiro, que já não é mais banqueiro, que está ao nosso lado nessa briga por reconstruir a democracia. […] Nós temos aqui empresários, que não vou citar o nome para não expor ninguém, que estão preocupados em conhecer como é a vida de vocês, como vocês vivem, porque a gente precisa humanizar o povo brasileiro”.
Com dificuldade para convencer a parcela do empresariado que segue sonhando com o crescimento da chamada terceira via, o ex-presidente disse que o setor financeiro deveria procurá-lo de joelhos.
“Quando todo mundo estiver recebendo um salário, um dinheirinho, eles vão perceber que a vida vai melhorar para quem trabalha, vai melhorar pro dono do pequeno comércio, para o banqueiro. Eu sou a pessoa que os banqueiros menos gostam, mas vocês sabem que nos meus governos e nos da Dilma quantas pessoas nós colocamos no sistema financeiro, gente pobre? 70 milhões de pessoas. Significa que no governo do PT colocamos uma Argentina e uma Colômbia dentro do sistema financeiro. Essa gente deveria vir de joelho conversar com a gente, parar de ser arrogante, parar de achar que são gênios, que sabem mais do que os outros”, afirmou ao final do seu discurso.
Com informações de Joana Cunha, Folhapress