Lula diz que não descarta corte de gastos em nenhuma área do governo

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O Presidente Lula disse ontem estar preocupado com a Previdência e com isenções. Lula disse, no entanto, que é preciso “consertar” dos dois lados, tanto crescimento de despesas, quanto da desoneração.

Em entrevista à rádio CBN, ele disse que “temos quase R$ 1 trilhão com a Previdência Social”, mas que “não é possível” ter, do outro lado, “quase R$ 600 bilhões de isenção e R$ 400 bilhões de desoneração”. Questionado se poderia haver mudança nos pisos de saúde e educação e na Previdência dos militares, ele respondeu que “nada está descartado”, e afirmou ser “um político muito pragmático”, que pode mudar coisas que “mostrarem provas de que estão erradas”.

Essas medidas vinham sendo estudadas pela equipe econômica, mas receberam críticas mesmo dentro do governo e da base política no Congresso. As divergências do governo na condução da política fiscal tem provocado oscilações no mercado nas últimas semanas. Em outro dia de turbulências, o dólar teve mais uma alta, e fechou o dia em R$ 5,43.

Na oportunidade, Lula também disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, atua para prejudicar o país. Um dia antes de o Banco Central anunciar a decisão sobre a taxa de juros, o presidente disse que Campos Neto “tem lado político” e “não demonstra nenhuma capacidade de autonomia”.

Lula afirmou que a única coisa que está desajustada no Brasil é o comportamento do Banco Central, criticou a relação do presidente da instituição com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e comparou o seu comportamento ao de Sergio Moro. O Comitê de Política Econômica do Banco Central divulga hoje a decisão sobre a taxa Selic, e a expectativa é de que o BC interrompa a sequência de redução e mantenha a taxa em 10,50% ao ano.

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