João Jorge do Olodum é cotado para Fundação Palmares

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O advogado e presidente do bloco afro Olodum, João Jorge Rodrigues, está cotado para assumir a Fundação Cultural Palmares (FCP) em Brasília. O nome do militante negro, que é filiado ao PSB, já circula nos ambientes políticos baianos e de Brasília e tem ganhado as redes sociais ligadas aos movimentos sociais com as declarações de apoios diversos.

O procurador do Ministério do Trabalho do Rio de Janeiro, Wilson Prudente, é um dos que torcem pelo presidente do Olodum. “Apoio João Jorge na Fundação Cultural Palmares. A cultura negra precisa de lideranças como ele. Notório conhecimento e brilhantismo”, disse.

Outro que apoia publicamente João Jorge é o jornalista e sociólogo Marcos Romão. “Ele tem estado sempre junto e é um dos motores de todas as campanhas nacionais e internacionais de defesa e promoção do povo negro brasileiro, e de combate ao racismo em todas as formas em nosso país”, comenta.

Antônio Godi, antropólogo especializado, em cultura negra, também é entusiasta do militante baiano. “A Fundação Palmares merece mais um baiano quilombola das veredas contemporâneas”, afirmou.

O apoio de setores do movimento negro veio do fato de que o nome de João Jorge não é ligado diretamente aos quadros políticos do partido, tendo ele uma trajetória mais orgânica de movimento negro, desde a década de 70. Além disso, há a avaliação de que com o capital social que o gestor traz do Olodum, a Fundação Palmares poderia ter  um protagonismo maior no campo da cultura nacional, inclusive investindo mais na sua internacionalização.

Apesar de ser nome forte na disputa, o gestor enfrenta nomes de influência dentro do Partido dos Trabalhadores, como Hilton Cobra, o Cobrinha, o ex-secretário Adjunto da SEPPIR, Martvs Chagas, e a Secretária Nacional de Combate ao Racismo do PT, Cida Abreu.

João Jorge Rodrigues, além de presidente do Olodum, é mestre em Direito pela Universidade de Brasília e é membro do conselho da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Recentemente foi escolhido para integrar a Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil na condição de membro consultor.

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