Ireuda Silva promove debate sobre futuro do Carnaval

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A vereadora Ireuda Silva (Republicanos) promoveu um debate sobre os impactos da pandemia no Carnaval de Salvador. A discussão conduzida pela parlamentar contou com a participação do cientista Gúbio Soares, do economista Edval Landulfo e do vereador e presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada de Eventos, Claudio Tinoco (DEM).

O debate foi transmitido na página de Ireuda no Facebook, dentro do programa Forte por ser Mulher, desta quinta-feira (25). Ireuda Silva destaca que embora o país tenha avançado consideravelmente na vacinação contra a Covid-19, o número de infecções continua alto na Bahia e muitas pessoas, principalmente não vacinadas, estão sendo hospitalizadas.

“Todos nós queremos retomar a normalidade de nossas vidas, especialmente aqueles que estão sofrendo no bolso com as medidas restritivas. Porém, precisamos tratar essa questão com sensatez, ouvindo as autoridades e a ciência”, pontuou Ireuda, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice do colegiado de Reparação.

De acordo com o vereador Claudio Tinoco, o surgimento da variante Ômicron foi um dos principais fatores que levaram ao cancelamento do Carnaval pelo segundo ano consecutivo. “Se fosse hoje o dia de entregarmos a chave ao Momo não poderíamos dizer que o Carnaval aconteceria em circunstâncias normais”, disse.

“Em novembro, chegamos a receber uma manifestação da Polícia Militar e uma sinalização da Saltur de que o planejamento estava todo pronto. No entanto, a Fiocruz afirmou que a festa só poderia ser realizada se 90% da população de Salvador estivesse vacinada com a segunda dose. Atingimos esse patamar, mas tivemos a nova variante Ômicron”, acrescentou o vereador.

Para o cientista e virologista Gúbio Soares, as aglomerações promovem uma disseminação mais rápida do vírus, sobretudo da nova variante, considerada mais infecciosa.

“Não existe nada suave, existe uma politização da doença. O governo federal, por exemplo, quer acabar com a pandemia por decreto. E muita gente não se vacinou com a primeira dose. A vacina vai evitar que a pessoa morra, que vá para a UTI, na maioria dos casos. Temos que começar a planejar o futuro da cidade sem Carnaval, porque não sabemos como será a pandemia”, avisou.

Já para o economista Edval Landulfo, as perspectivas econômicas para 2022 ainda não são favoráveis. “É muito importante a sinalização de que nossa cidade é turística. Como disse Gúbio, não sabemos como será o futuro. Já estamos planejando o São João, mas será que poderá haver São João? É uma era de reflexão”, pontuou Edval.

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