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Veículos de imprensa e associações se pronunciaram sobre as agressões sofridas pelos jornalistas brasileiros durante visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Roma na Itália.
Em nota divulgada na tarde deste domingo, 31, a Globo comentou a agressão sofrida por jornalistas que acompanham a viagem do presidente. “É a retórica beligerante do presidente Jair Bolsonaro contra jornalistas que está na raiz desse tipo de ataque”, diz a nota.
De acordo com citação do site G1, ao perguntar o motivo de o presidente não ter participado de alguns eventos do G20 com outros líderes, o correspondente da Globo, Leonardo Monteiro, recebeu um soco no estômago e foi empurrado com violência por um segurança. A correspondente da Folha, Ana Estela de Sousa Pinto, relatou a agressão que sofreu.
“Quando a Folha tentou filmar a agressão, outro agente tentou arrancar o celular desta repórter e a ameaçou”, ela escreveu. Profissionais de outros veículos, como a BBC, também foram ameaçados ou agredidos.
Jamil Chade, repórter do UOL, registrou também a violência de que foi vítima: “Quando a reportagem do UOL foi filmar a violência contra os jornalistas da GloboNews e tentar identificar o policial italiano que cometeu a agressão, o segurança empurrou, agarrou o braço para torcê-lo e levou o celular. Instantes depois, jogou num dos cantos da rua. Os policiais italianos estavam sendo acompanhados também por seguranças brasileiros”.
Em nota, a Associação Nacional de Jornais disse esperar que os atos de violência cometidos contra os jornalistas sejam apurados e os culpados, punidos. “A impunidade nesse e em outros episódios é sinal de escalada autoritária”.
Já a Folha afirmou em nota: “A Folha repudia as agressões sofridas pela repórter Ana Estela de Sousa Pinto e outros jornalistas em Roma, mais um inaceitável ataque da Presidência Jair Bolsonaro à imprensa profissional”. (A Tarde)