“Fico triste quando vejo revista trazer novos bilionários brasileiros”, diz ministro do Trabalho

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Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho falou, nesta quinta-feira (18), sobre seu trabalho à frente da pasta e a desigualdade no Brasil. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metropole, o ministro afirmou que se “entristece” ao ver a divulgação de novos nomes de bilionários no país.

“Eu fico muito triste toda vez que vejo uma revista especializada trazer novos bilionários brasileiros. Não porque sou contra a riqueza, as pessoas têm direito a produzir, se dar bem, prosperar, produzir riqueza, mas o acúmulo da riqueza, quando você assiste, na outra ponta, ao aumento do desemprego, da miséria, da pobreza, da precarização do trabalho, dos problemas das periferias, fico muito entristecido”, afirmou.

Segundo o ministro, principalmente após a pandemia, o Brasil e o mundo vêm enfrentando um cenário de distanciamento ainda maior entre os mais ricos e os mais pobres. “Nós estamos aqui buscando reverter esse processo, buscando criar condições para que a economia seja direito de todos. O processo democrático será pleno se também democratizarmos as condições de vida das pessoas”, disse o ministro.

Ainda na entrevista, Luiz Marinho falou sobre o combate ao trabalho análogo à escravidão no país. De acordo com ele, 3.190 pessoas foram resgatadas no ano de 2023 – o número é o maior dos últimos 14 anos.

“O ideal é que essa demanda não existisse no Brasil e no mundo. Falo para os nossos profissionais, auditores e auditoras que a nossa principal missão não é simplesmente a libertação dos trabalhadores e trabalhadores em situação análoga à escravidão. A nossa missão primordial é evitar que evitar que ele exista […] Se a sociedade não assumir também esse papel, dificilmente vamos dar conta, vamos avançar, vamos combater”, afirmou o ministro.

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