Em entrevista ao Isso É Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9 FM), na manhã desta segunda-feira, 2, ao ser perguntado se um eventual segundo turno na Bahia entre os pré-candidatos a governador ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT) poderia reaproximá-lo do ex-prefeito de Salvador, o também pleiteante ao cargo, João Roma (PL), descartou escolher lado.
“Eu tenho caminhado nas ruas. Eu acredito que nós estaremos não apenas no segundo turno, mas trabalhando para transformar a realidade da história da Bahia”, disse. O ex-ministro de Bolsonaro afirmou preferir ser discreto nas tratativas para formar alianças eleitorais, mas que o PTB e o PROS estão no seu horizonte.
A discrição, segundo Roma, tem a ver com tomar cuidado com os concorrentes que lideram as pesquisas eleitorais. “Eu enfrento dois grupos muito poderosos. De um lado o Governo do Estado, com toda a estrutura do PT, do outro está o ex-prefeito ACM Neto, que se utiliza da estrutura da Prefeitura de Salvador, porque ele deixou de ser prefeito, mas a prefeitura não saiu dele. Inclusive tem sufocado a gestão de Bruno Reis, utilizando claramente a estrutura da Prefeitura Municipal para suas articulações políticas, para seus interesses pessoais”, opinou.
As pré-candidaturas de ACM Neto (UB) e Jerônimo Rodrigues (PT) foram criticadas também quando o deputado federal defendeu seu ponto de vista sobre tributação. “Um pesa muito a mão, foi assim na prefeitura, com a questão inclusive do IPTU, e o Governo Rui Costa tem cada vez mais acochado o cidadão baiano para ter insaciavelmente uma cobrança de impostos para que o Estado esteja cada vez mais com seus cofres abarrotados, mas sem isso se traduzir em benefícios para nossa população”.
Ao ser questionado sobre o fato de que a desoneração faz com que o Estado abra mão da receita, o que representaria consequências no serviço público e gratuito, Roma disse confiar que a iniciativa privada é suficiente para exercer o desenvolvimento da Bahia. “Muitos baianos não tem trabalho de carteira assinada. Hoje tem mais gente recebendo o Auxílio Brasil na Bahia do que pessoas com carteira assinada. Os vetores de desenvolvimento do nosso estado [Bahia] não conseguem fluir porque não tem suporte do Estado, e tem um peso cada vez maior na parte burocrática, com impostos que pesam cada vez mais”, argumentou Roma, que mesmo reconhecendo que a reforma tributária se dá nacionalmente e que ela não andou, elogiou Bolsonaro por desonerações em setores como gás de cozinha.
A Tarde