Elmar acredita que emendas de relator são transparentes: “não existe nada de secreto”, diz

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O deputado Elmar Nascimento, líder do União Brasil, defendeu nesta terça-feira, 29, o chamado orçamento secreto, como ficaram conhecidas as emendas de relator, que não identificam o  parlamentar que faz  a indicação de uso do recurso. Em entrevista ao programa Isso É Bahia, da rádio A Tarde FM, ele classificou o termo “secreto” como pejorativo e negou falta de transparência na utilização da verba pública.

“Absolutamente não existe nada de secreto numa coisa que você publica, vai para o Diário Oficial, os municípios têm que fazer licitação, os órgãos federais têm que fazer licitação e publicar, executar na forma da lei”, disse Elmar. O parlamentar justificou que o orçamento secreto representa uma pequena parte do orçamento da União.

Durante a entrevista o deputado afirmou que o que existe é 0,3% do orçamento que é destinado pelos deputados. “Será possível que nós fazemos o orçamento-geral da União e não temos o direito de indicar 0,3% pra onde que vai ser executado?”, questiona.

Apesar disso, ele disse que é preciso definir um critério “mais objetivo” na distribuição. “Ao invés de ficar sob o domínio do presidente da Câmara e do Senado para indicar quanto cada um dos parlamentares vai ter direito para indicar, a gente ter uma espécie de critério, talvez baseado no resultado das próprias eleições, na forma como é feito a legislação eleitoral, com referência ao fundo partidário, para que a gente possa tratar de forma diferentes os diferentes”, explicou.

Elmar também foi questionado sobre as manifestações golpistas que ainda bloqueiam estradas em alguns pontos do país, pedindo “intervenção militar”. O deputado defendeu a democracia e destacou que é preciso reconhecer o resultado das urnas. “Eu fui uma das pessoas que apoiou o atual presidente. Não dá pra a gente aceitar que extremistas, ainda mais incendiados por quem quer tirar algum tipo de vantagem eleitoral, incentivar manifestações antidemocráticas no nosso país”, frisou.

Sobre as articulações políticas no Congresso Nacional, o deputado federal adiantou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve ser candidato único no caminho à reeleição, e que o União Brasil não discutiu apoio a Lula. De acordo com ele, o partido “tem de tudo”, o que dificultaria um entendimento. “Nós temos, por exemplo, um casal que é absolutamente anti apoio e qualquer tipo de conversa com o PT, o casal Sérgio e Rosângela Mouro [o senador e a deputada federal]”, enfatizou o parlamentar baiano.

A Tarde

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