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Após demissão no Palácio do Planalto, o agora ex-ministro Abraham Weintraub chegou ao Ministério da Educação no fim da tarde de quinta-feira para dar entrevista à imprensa. Ao retornar para o prédio que sedia a pasta, em Brasília, o ex-ministro disse que não poderia falar com os jornalistas porque estava de máscara e que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não permitia a retirada da proteção.
O comentário é uma ironia à multa de R$ 2.000 que recebeu do governo do Distrito Federal por não ter usado máscara em ambientes públicos no último domingo (14). Segundo o auto de infração, o agora ex-ministro “foi flagrado em espaço, via ou logradouro público (Esplanada dos Ministérios) sem máscara de proteção (EPI) facial de uso obrigatório”.
Weintraub utilizava uma máscara personalizada com 1 meme “meu ministro favorito”. A imagem é uma referência ao personagem do filme “Meu Malvado Favorito”.
Weintraub compareceu a 1 ato de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios no último domingo (14.jun). No dia anterior, agentes de fiscalização do governo do Distrito Federal desmontaram o acampamento do grupo “300 do Brasil”, de bolsonaristas. O ministro disse que foi ao ato “para se solidarizar”. Na ocasião, ele ainda cumprimentou, tirou fotos e abraçou as pessoas.
Um decreto, assinado pelo governador Ibaneis Rocha, obriga a usar a proteção para evitar a transmissão do coronavírus –causador da covid-19. Weintraub anunciou sua demissão por meio de 1 vídeo divulgado nas suas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Ele não comentou os motivos de sua saída.
Weintraub estava no centro de atritos entre o Poder Executivo com o Legislativo e o Judiciário. O chefe da Educação afirmou em reunião interministerial gravada em 22 de abril que, por ele, “colocava esses vagabundos na cadeia, a começar pelo STF” (Supremo Tribunal Federal).
Abraham Weintraub deve ser indicado paro 1 cargo no Banco Mundial. Ele foi o 2º ministro da Educação do governo Bolsonaro. Substituiu Ricardo Vélez Rodríguez em abril do ano passado. Era, até então, secretário-executivo da Casa Civil, que estava sob o comando de Onyx Lorenzoni (atual ministro da Cidadania). As informações são do Poder 360.