“Com extrema direita não se brinca”, alerta jornalista Cristina Serra

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A jornalista Cristina defendeu, em entrevista à Rádio Metrópole, nesta quarta-feira (5), que a terceira via na disputa pela Presidência da República deveria ter retirado as candidaturas e apoiado o ex-presidente Lula (PT) no embate contra a extrema direita, representada por Jair Bolsonaro (PL). Para ela,  o fato da terceira via não ter conseguido angariar votos acabou fazendo com que o desempenho do atual presidente nas urnas fosse melhor do que o esperado.

“Nesta eleição ficou muito claro, desde o começo, que apenas duas candidaturas tinham chance de ir para o segundo turno. Era até surreal, naquele último debate, assistir a um candidato ou outro afirmando ‘no meu governo isso, no meu governo aquilo’. Isso é um teatro de quinta categoria, um teatro que pode custar caro aos pais”, disse a jornalista durante entrevista no jornal da Metropole no Ar.

A jornalista criticou os candidatos Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), terceiro e quarto lugar respectivamente no pleito do primeiro turno. Ao candidato pedetista, Cristina Serra foi mais dura. Ela disse acreditar que o comportamento dele, com ataques a Lula e ao PT, fez com que seu eleitorado acabasse migrando para Bolsonaro.

“Contra a extrema direita não se brinca, não se pode dar chance para ela se reorganizar. É o que está acontecendo neste segundo turno. Qualquer momento de trégua e de reorganização da infantaria para a extrema direita é uma oportunidade de ouro e é o que eles estão fazendo. Por isso, eu fazia um apelo para que Simone e Ciro abrissem mão das suas candidaturas, por mais legítimas que fossem, para cerrar fileiras com a única candidatura que realmente tinha e tem chance de enfrentar a extrema direita”, afirmou.

Para Cristina, as candidaturas do MDB e do PDT deveriam ter sido levadas até certo ponto, mas ‘quando percebessem que não tinham competitividade, precisavam ter recuado. “Foram candidaturas esticadas até o fim para nos expor a um risco real, que não precisávamos estar passando”, pontuou a jornalista.

Metro 1

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